Você sabe o que são cirurgia ortognática e cirurgião bucomaxilofacial?

Você sabia que os problemas da boca não se resumem aos problemas que estão associados aos dentes como cárie e tártaro? Há outros que também estão concentrados nessa mesma região, mas muitas vezes passam despercebidos ou são confundidos com outras patologias – desviando o caminho do tratamento como, por exemplo, o ronco e a dificuldade de respiração, que podem ser causados por problemas da formação óssea. E, – nesse caso – geralmente, as pessoas, buscam solução no otorrinolaringologista; retrognatismo ou prognatismo mandibular, que consiste, na desarmonia facial, que são associados à arcada dentária, de modo popular, as pessoas acometidas desses casos buscam o uso de aparelho ortodôntico mesmo não sendo essa a solução adequada.

E isso acontece por causa do desconhecimento da variedade de problemas que podem acometer a região da boca. Outros pacientes podem apresentar também problemas de crescimento na maxila ou até associados na maxila e mandíbula. Esses problemas tem origens diversas como genética ou fatores externos como, por exemplo, o uso de chupeta, amamentação e ato de chupar o dedo.

Os problemas apresentados anteriormente são diagnosticados e tratados por um cirurgião bucomaxilofacial, e – entre tantas instruções e cuidados – trata dos problemas da anatomia da face muitas vezes utilizando a cirurgia ortognática como solução. A cirurgia ortognática é um procedimento cirúrgico que visa reestabelecer um padrão facial normal em pacientes adultos que apresentam alterações na formação óssea da face, e é uma alternativa de correção dessas anomalias dentofaciais, que causam não só prejuízos estéticos, mas também funcionais, como problemas ao mastigar, dores, estalos e zumbidos no ouvido.

E quem se submeteu ao procedimento foi a biomédica Kellen Leão. Após o uso prolongado do aparelho ortodôntico em diferentes fases da vida para corrigir problemas que incluíam os do rol “ortognático”, Kellen continuou com o incômodo de não ter o selamento labial por causa de um problema ósseo chamado retrognatismo mandibular, que é quando o queixo está posicionado mais para trás e pequeno, destacando a maxila (parte onde ficam os dentes superiores). A partir dessa insatisfação, a biomédica buscou um cirurgião bucomaxilofacial para analisar a necessidade de cirurgia, e confirmou que seria preciso realiza-la.

Caio Uchoa, cirurgião bucomaxilofacial, afirma que a procura tardia por um profissional habilitado para fazer a cirurgia ortognática é uma realidade: “infelizmente é frequente e real. As pessoas acham que o aparelho ortodôntico corrigirá a estrutura óssea, e isso não acontece.” Ainda sobre a necessidade de buscar um cirurgião bucomaxilofacial, Caio indica que os ortodontistas façam uma leitura do problema para que o uso do aparelho já seja em preparação para a cirurgia. Segundo Kellen, o seu perfil como candidata da classe 2 foi mascarada pelo uso do aparelho: “nenhum dentista que fui me disse sobre a necessidade da cirurgia, fui atrás por conta própria a partir da leitura de casos semelhantes no Instagram.”

A cirurgia é feita em ambiente hospitalar sob anestesia geral. Nela, são utilizadas serras, parafusos e placas de titânio para realinhar as estruturas da mandíbula e da maxila. A cirurgia pode ser de avanço da maxila, correção do sorriso gengival, correção da mordida aberta, avanço ou recuo mandibular, expansão maxilar ou mentoplastia, uma cirurgia estética ou reparadora do mento, no queixo. Para um melhor resultado, uma simulação da cirurgia é feita pelos profissionais através de softwares especializados, o que permite que o cirurgião tenha uma noção maior do resultado estimado do procedimento.

O processo de recuperação segue uma série de regras em detrimento da limitação da complexidade da cirurgia. Logo no pós operatório, a textura da alimentação precisa ser pastosa ou líquida, e no que toca aos cuidados da equipe multiprofissional envolvida no processo, há ainda consultas com fisioterapeutas e nutricionistas. O processo de recuperação de Kellen Leão, segundo ela, “foi tranquilo. Sem dor nenhuma e sem intercorrências. Soube que a primeira semana seria a pior, e realmente, os primeiros dias foram intensos, mas depois a rotina dos cuidados da cirurgia vira costume. Costumo dizer que a paciência e o tempo são as palavras-chave de um pós operatório da cirurgia ortognática.” Para o cirurgião Caio Uchoa, a “disciplina é fundamental. É um processo lento, que requer cuidado, mas costuma ser tranquilo se o paciente seguir direitinho o que é recomendado.”

Por se tratar de um procedimento que tem um objetivo estético-funcional, a cirurgia ortognática também está disponível pelo SUS. Enquanto Kellen realizou todo o processo pela rede privada de saúde (cirurgia ortognática faz parte do rol de procedimentos de cobertura obrigatória por parte dos planos de saúde).

Fonte

Dr. Caio Uchoa (Cirurgião Bucomaxilofacial pela Universidade de Pernambuco) 83 98841.3641 https://www.instagram.com/caiopuchoa/

Kellen Leão (Biomédica e paciente da cirurgia ortognática) 83 98891-5101 https://www.instagram.com/kellenfleao/


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Fonte: WSCOM

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