A vereadora e vice-líder da bancada de oposição em Campina Grande, Jô Oliveira (PCdoB), não poupou críticas ao prefeito da cidade, Bruno Cunha Lima (PSD), após ele assinar um decreto de contenção de gastos que resultou em uma demissão em massa de prestadores de serviços da prefeitura.
Segundo Jô, a medida foi assustadora e cruel, já que as demissões foram feitas de forma retroativa ao início do mês e, portanto, os trabalhadores ficariam sem salários.
Em entrevista à Rádio Caturité FM, a parlamentar alegou que teve secretário exonerado que assinou nota, o que coloca a credibilidade das medidas em dúvida: “No outro dia vimos as justificativas por parte da gestão, dos secretários e da bancada. Eu tenho dúvidas sobre o que significou esse decreto já que teve secretário exonerando, emitindo nota e vídeo do prefeito convocando as pessoas para trabalhar como se nada tivesse acontecido”, apontou.
Oliveira também questionou a crise financeira justificada pelo prefeito pela queda do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) e conclamou os vereadores a se responsabilizarem e refletirem sobre a situação, já que a maioria aprovou em sessão, há alguns meses, a permissão para o prefeito realizar um empréstimo de 52 milhões de dólares, cerca de R$ 260 milhões, com o Fundo Financeiro para Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fontplata); e outro empréstimo de R$ 40 milhões junto ao Banco do Brasil.
– A gente precisa fazer um questionamento para a população refletir sobre o que significa essa medida frente aos empréstimos que foram aprovados. A casa precisa ter responsabilidade já que autorizou o prefeito a se comprometer por anos com esses empréstimos e hoje vemos essa crise financeira. Temos nos mobilizado para buscar informações, lemos o relatório do Ministério Público e a justificativa apresentada pelo prefeito sobre a queda do FPM. Mas, além dessa queda, temos que levantar um debate sobre como essa administração impacta de fato nos seus e nas suas. Não dá para viver em torno de obras que não impactem positivamente em Campina Grande – bradou.
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Fonte: Paraíba Online