Vereadora alerta sobre riscos do uso excessivo de telas por bebês e crianças: “Conteúdos inapropriados”

A influência do uso excessivo de telas na saúde mental das crianças foi tema de pronunciamento da vereadora Eliza Virgínia (PP), durante a sessão ordinária da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) desta quinta-feira (23). A parlamentar apresentou um projeto de lei para instituir a “Semana de conscientização e prevenção dos males causados pelo uso precoce e de longa duração de dispositivos eletrônicos por bebês e crianças”.

“Estamos vivendo uma espécie de pandemia de crianças com autismo, transtornos mentais, ansiedade, hiperatividade. Isso tem preocupado os especialistas, que buscam entender o que pode estar acontecendo. Uma das causas apontadas é o tempo de exposição às telas”, advertiu a vereadora.

Eliza Virgínia elencou uma série de prejuízos à saúde das crianças que podem ocorrer devido ao uso excessivo de dispositivos eletrônicos, a exemplo de distúrbios do sono, fadiga ocular, problemas posturais, obesidade infantil e problemas de comportamento, como impulsividade, falta de habilidade social e falta de atenção. “A exposição excessiva às telas também pode afetar o desenvolvimento cognitivo e social, especialmente em idades críticas”, reforçou.

O acesso a conteúdos inapropriados como pornografia, obscenidades, sexo, violência e drogas também foi apontado pela parlamentar como um problema que merece atenção. “Não podemos negar, com o avanço das tecnologias, a importância do uso de telas na educação. Mas, como tudo na vida, esse uso tem o seu lado bom e o seu lado ruim. Quanto mais pudermos diminuir essa exposição, mais estaremos ajudando nossos filhos.
Crianças precisam brincar, se sujar, pegar na areia, interagir com amiguinhos, andar de bicicleta, ir a praias e parques, isso é saúde. Criança precisa ser criança”, ponderou Eliza.

A vereadora também destacou que a Sociedade Brasileira de Pediatria orienta que crianças menores de 2 anos não devem ter acesso às telas; de 2 a 6 anos podem usar dispositivos eletrônicos até uma hora por dia; de 6 a 11 anos até duas horas por dia; adolescentes entre 11 e 18 anos até três horas por dia. “Crianças e adolescentes precisam fazer outras coisas, não podem ficar presos às telas por falta de atenção de seus cuidadores. Precisamos fazer um esforço de amor, de brincar com nossos filhos e evitar ao máximo a exposição deles às telas”, concluiu.

Adultos também sofrem prejuízos

Eliza Virgínia ainda alertou que o uso excessivo de telas também atinge a saúde de adolescentes e adultos. “Às vezes estamos tão obcecados por telas que estamos tendo a nossa saúde prejudicada sem nem perceber. Além disso, temos que ser espelho para os nossos filhos. Como vamos proibir crianças e adolescentes de passarem muito tempo usando telas se a gente mal responde a eles olhando nos olhos porque estamos sempre presos a uma?”, questionou.

De acordo com a vereadora, é comum observar em restaurantes famílias inteiras reunidas, mas, cada membro isolado no seu mundinho. “As redes sociais foram feitas para aproximar pessoas, no entanto a gente vê que elas estão cada vez mais isolando. As pessoas interagem muito pelas redes sociais, mas, infelizmente, não conseguem mais conversar umas com as outras frente a frente”, lamentou.




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Fonte: WSCOM

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