Veja o que é destaque neste começo de semana na economia

Foto: Divulgação/Twitter

Foto: Divulgação/Twitter

Twitter vai virar ‘X’, como ChatGPT pode ajudar investidores e outros destaques do mercado nesta segunda-feira (24).

**ADEUS, TWITTER; OLÁ, X**
Elon Musk agora resolveu abolir com o passarinho que é símbolo do Twitter. O nome da plataforma também deve mudar, para a letra X –denominação que já é usada internamente e para fins legais.

O X também aparece em duas startups do bilionário: SpaceX e a recém-lançada xAI.

RELEMBRE
Quando comprou a rede por US$ 44 bilhões, Musk disse que seu objetivo era transformá-la em um app de tudo, com o nome X.

Na época, especialistas interpretaram a fala como a ideia de deixar a plataforma em algo semelhante aos superapps chineses.

Desde então, porém, Musk avançou pouco no objetivo. O que mudou de concreto foram a queda brusca em números de funcionários, a cobrança pelo selo de verificado, o limite a visualizações de posts e, como consequência disso tudo, a saída de anunciantes.

“X é o futuro da interatividade ilimitada –centrado em áudio, vídeo, mensagens, pagamentos –criando um mercado global para ideias, bens, serviços e oportunidades.

Alimentado por IA, o X nos conectará de maneiras que estamos apenas começando a imaginar”, tuitou Linda Yaccarino, CEO nomeada por Musk em maio.

ENQUANTO ISSO, NO RIVAL THREADS…
Depois da euforia que fez o app irmão do Instagram ser a plataforma mais rápida a atingir 100 milhões de usuários, a Meta tem enfrentado problemas para convencer essas pessoas a voltarem à rede com frequência.

É o que mostram os dados da consultoria Sensor Tower, divulgados pelo Wall Street Journal.

A queda de usuários ativos em relação ao auge de 7 de julho, dois dias após o lançamento, é de 70%, para 13 milhões. O tempo médio de uso também caiu, de 19 minutos por dia para 4.

No concorrente Twitter (ou X), segundo a consultoria, houve estabilidade no período: 200 milhões de usuários ativos e 30 minutos de tempo gasto.

**OS CHATBOTS AJUDAM OU ATRAPALHAM O INVESTIDOR?**
Como hoje o ChatGPT e plataformas semelhantes de IA (inteligência artificial) generativa estão por toda a parte, a aplicação da ferramenta também é usada no mercado financeiro, onde pode servir para ajudar –ou atrapalhar– os investidores.

Tudo depende do tipo de pedido que é feito ao robô e do entendimento do usuário sobre como os chatbots funcionam.

A Folha de S.Paulo conversou com especialistas do setor sobre como as ferramentas podem ajudar os investidores:

– Tirar dúvidas de iniciantes. Elas podem ser úteis para esclarecer a quem está começando a investir sobre o que são títulos públicos, fundos de investimento, ou a diferença entre um CDB e uma LCI, por exemplo.

– Entender o perfil de investidor. O usuário pode fornecer uma lista de ativos em que investiu nos últimos anos para o robô entender seu nível de risco nos investimentos e sugerir tipos de papéis que se encaixam nesse perfil.

E como elas podem atrapalhar:

– Indicação de ações ou títulos específicos. Apesar dos alertas dos robôs, é possível driblá-los para que eles sugiram uma carteira de ações, por exemplo.

– O problema é que alguns deles têm informações desatualizadas, sem contar que, no Brasil, apenas profissionais credenciados pela CVM podem recomendar ativos.

Foto: Agência Câmara

Foto: Agência Câmara

MAIS SOBRE INVESTIMENTOS
– A volta dos IPOs? Gestores dizem que janela para ofertas subsequentes de ações deve continuar no 2º semestre e abertura de capital de empresas pode aparecer no fim do ano.

**STARTUP DA SEMANA: GROWINCO**
A startup foi fundada em 2019 por dois ex-executivos da Mondelez, que criaram uma solução para conectar fornecedores a empresas que demandam a terceirização de sua produção.

Na época, a ideia não foi à frente na multinacional, o que motivou os fundadores a deixarem a empresa e montarem a GrowinCo –hoje com a Mondelez como uma de suas clientes.

EM NÚMEROS
A startup anunciou na última semana ter recebido um aporte de R$ 3,6 milhões. Foi o primeiro de sua história, que começou financiada pela grana de seus fundadores.

QUEM INVESTIU
O aporte foi liderado por GVAngels, rede de investidores-anjo de ex-alunos da FGV, e Harvard Angels, de ex-alunos da tradicional universidade americana. A Urca Angels também participou do investimento.

QUE PROBLEMA RESOLVE
Com mais de 100 mil fornecedores cadastrados em sua base, a GrowinCo faz o meio-campo entre eles e as indústrias que precisam de fábricas para acelerar sua produção.

Autodenominada de “Airbnb de indústrias”, a startup prepara uma ferramenta que usará IA para encontrar o “match” entre os projetos e os fornecedores mais adequados em questão de segundos.

POR QUE É DESTAQUE
A GrowinCo já tem atuação em mais de 10 países e tem 70% de sua receita originada no exterior.

Não é algo que vemos todo dia em empresas novatas e que até o momento não haviam levantado dinheiro junto a investidores –algo que obriga a startup a ser lucrativa desde os primeiros passos.

NÚMEROS DO MERCADO

Após bons números em junho, os investimentos no setor voltaram a recuar na primeira quinzena de julho na América Latina. Foram 44 rodadas com US$ 327,3 milhões (R$ 1,56 bilhão) captados pelas startups, queda de 19% ante o mesmo período do mês anterior.

No Brasil, foram US$ 146,4 milhões (R$ 698 milhões) para 15 startups, mais que o dobro em relação à parcial de junho (US$ 72,1 milhões).

Os dados são da Sling Hub, plataforma de inteligência de dados sobre o ecossistema de startups na América Latina.

**OS CUSTOS DOS ELÉTRICOS**
No Brasil, o carro elétrico é certeza de maior economia em relação ao automóvel com motor a combustão? Nem sempre, mostram cálculos de consultorias feitos para a Folha de S.Paulo.

ENTENDA
Apesar do desconto ao não precisar abastecer o carro com gasolina, os custos aumentam principalmente quando consideramos o longo prazo. É quando se acumulam gastos com seguro do carro e desvalorização do veículo.

A economia com o combustível é menos atrativa principalmente quando estamos falando de SUVs, que têm depreciação mais rápida e mais gastos com seguro, IPVA e manutenção.

EM NÚMEROS
Na comparação entre dois modelos compactos —como é o caso de um Renault Kwid—, a versão elétrica gastaria com combustível apenas 20% do que seu similar a gasolina ou etanol. O levantamento foi feito pela consultoria Bright.

No Brasil, há ainda outros fatores a se considerar. A quantidade de eletropostos nas estradas é bem menor em relação a outros países que têm tamanho semelhante ao nosso. Isso dificulta viagens de longas distâncias com carro elétrico.

Na transição energética, o que pode se encaixar melhor às características do país são os híbridos, de acordo com executivos do setor –de preferência com o etanol como combustível, considerado menos poluente.

**O QUE MAIS VOCÊ PRECISA SABER**
ECONOMIA
Classes A e B tendem a ganhar mais com Lula 3, não a D/E. Com crise fiscal, mais pobres terão menos mobilidade que nos anos 2000, diz estudo.

MERCADO
Planos de saúde batem recorde de idosos e estudam alta de preços. Número de beneficiários com mais de 60 anos saltou de 3,3 milhões em 2000 para 7,3 milhões neste ano.

COTIDIANO
Sem supersalários, 70% dos servidores públicos brasileiros ganham até R$ 5.000. Informações sobre a categoria estão reunidas em nova base de dados para consulta pública.

TRABALHO
Em acordo inédito, casa noturna vai assinar carteira de trabalhadoras do sexo. MP do Trabalho intermediou acordo pela formalização; advogado vê quebra de tabu social, mas equívoco legal.

(ARTUR BÚRIGO – FOLHAPRESS)


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Fonte: Paraíba Online

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