Veja o que é destaque nesta quinta-feira na economia

Primeira proibição estadual ao TikTok nos EUA, os desafios da CEO do Twitter e o que importa no mercado nesta quinta-feira (18).

**O 1º ESTADO A TENTAR BANIR O TIKTOK**

O governador do estado americano de Montana assinou nesta quarta uma lei para banir o TikTok de operar em seu território, a primeira do tipo a ser sancionada nos EUA.

A norma está prevista para começar a valer a partir do próximo ano, mas deve ser alvo de uma série de batalhas jurídicas até lá.

Entenda: a lei que proíbe a plataforma chinesa de operar em Montana determina uma multa de US$ 10 mil por dia ao TikTok e para as lojas de apps que não excluírem a rede social de seus catálogos a partir de 1 de janeiro.

Não está claro como o estado barraria o funcionamento nos dispositivos de quem tiver baixado o app antes do início da punição.

O TikTok, de propriedade da chinesa ByteDance, disse em comunicado que o projeto de lei “viola os direitos da Primeira Emenda do povo de Montana”.

Vale a pena ver de novo. Outras autoridades americanas já tentaram banir a popular rede social do país, sem sucesso.

Em 2020, o ex-presidente Donald Trump perdeu uma série de disputas nos tribunais e foi obrigado a desistir da medida.

A ofensiva dos políticos dos EUA contra o TikTok voltou a subir de tom em março deste ano, quando o atual mandatário Joe Biden ameaçou banir o app do país se os chineses da Byte Dance não venderem sua participação na plataforma.

Além disso, dezenas de estados já aprovaram leis para impedir que o aplicativo seja baixado em dispositivos do governo.

O temor das autoridades é o mesmo: que o TikTok seja obrigado a entregar dados dos consumidores americanos caso haja uma ordem do governo chinês, conforme manda a lei de segurança nacional local.

A rede social chinesa diz que nunca compartilhou dados com o governo chinês e que não o faria se fosse solicitada.

Ela ainda reafirma seu plano de custo bilionário que envolve pagar à americana Oracle para armazenar os dados dos usuários do país em território nacional.

Foto: Divulgação/Twitter

Foto: Divulgação/Twitter

**QUEM É A NOVA CEO DO TWITTER**

Depois de afugentar dezenas de anunciantes do Twitter com sua chegada ao comando da rede social, Elon Musk escolheu Linda Yaccarino, uma titã da publicidade, para assumir o cargo de CEO da plataforma.

O bilionário diz que seguirá como presidente do conselho e será o chefe de tecnologia da empresa.

Quem é Yaccarino: para assumir o Twitter, ela deixou o cargo de diretora de publicidade na NBCUniversal, onde supervisionava um faturamento anual de mais de US$ 10 bilhões e também liderou o lançamento do streaming Peacock.

Ela mantém relacionamento duradouro com praticamente todos os grandes executivos americanos de publicidade e também é uma das presidentes do Fórum Econômico Mundial, onde tem contato estreito com líderes de negócios.

O maior obstáculo para Yaccarino recuperar a receita com anúncios do Twitter, dizem os executivos do setor, é o próprio dono da rede social.

O faturamento da rede com publicidade caiu 50% logo após a chegada de Musk.

Ele acabou afugentando muitos anunciantes da plataforma com seu discurso de liberdade de expressão irrestrita, que durou até a página dois após a rede suspender contas de jornalistas que fizeram reportagens críticas sobre o bilionário e tirar do ar um perfil que rastreava seu jatinho.

Musk, que tem um estilo de gestão centralizador e pouco tolerante a confrontos, seguirá com uma função importante na companhia sendo presidente do conselho –responsável por definir as estratégias da empresa.

**INDÚSTRIA PLANT-BASED AGORA MIRA PREÇO**

As empresas que atuam no Brasil com a venda de alimentos à base de plantas (plant-based) afirmam estar em um terceiro estágio de desenvolvimento.

No primeiro, o objetivo era alcançar a experiência sensorial mais próxima possível dos produtos com origem animal.

Servir alimentos mais saudáveis em termos de nutrição foi a preocupação da segunda etapa.

A atual fase três busca entregar preços acessíveis.

A preocupação vai ao encontro de uma pesquisa da Good Food Institute (GFI), entidade promotora de alternativas a proteínas animais.
85% dos brasileiros entrevistados dizem que a principal barreira para o consumo desse alimento é o preço.

O bolso acaba sendo um empecilho para a evolução da indústria no Brasil, onde os vegetarianos e veganos representam apenas 4% da população, mas os flexitarianos, aqueles que pretendem reduzir o consumo de carne, são 28%.

No país, duas startups dominam o setor de plant-based:

Fazenda Futuro: oferece produtos vegetais que simulam o sabor original das proteínas, principalmente a carne bovina.

Ela foi avaliada em US$ 2,2 bilhões (R$ 10,9 bilhões) após uma rodada de investimentos divulgada no fim de 2021.

NotCo: fundada em Santiago, no Chile, ela usa IA (inteligência artificial) e uma base de dados de plantas para criar receitas que simulam alimentos de origem animal, como hambúrgueres, leite, sorvete e maionese.

A empresa anunciou no fim do ano passado uma extensão de US$ 70 milhões em sua rodada série D, que a avaliou em US$ 1,5 bilhão (R$7,42 bilhão).

**A ATA DO BC, DE ACORDO O GPT**

O Bradesco treinou o ChatGPT para analisar o tom das atas do BC (Banco Central). O resultado sobre o documento da última reunião do Copom foi este:

O BC mostrou uma postura ainda rígida da autoridade monetária no combate à inflação, sem sinalizações de uma queda da taxa de juros.

O comentário foi semelhante à análise de economistas do mercado sobre o documento.

Os analistas do Bradesco dizem que a IA pode ajudar a agilizar e a tirar o viés de quem lê o documento, mas tem de ser complementada pela visão humana, que consegue entender todas as variáveis do cenário.

Entenda como foi feito: para treinar o modelo, os pesquisadores do banco fizeram uma série histórica com as últimas 55 atas e 55 comunicados do BC.

A IA deu a cada parágrafo uma pontuação entre -100 a +100. Quanto mais próximo do -100, mais dura a postura da autoridade monetária, e quanto mais próximo do oposto, menos preocupado com a inflação o comitê está. O zero seria um tom neutro.

O somatório das pontuações dos parágrafos é usado para indicar a pontuação para a ata.

( ARTUR BÚRIGO – Folhapress)


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Fonte: Paraíba Online

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