O produtor cultural André Cordeiro se mantém atento aos rumos e bastidores da arte e cultura de João Pessoa é Recife, mas com olhar atento na história, que lhe faz evidenciar em texto a história e saldo deixado por seu pai, importante produtor, jornalista e ativista cultural Gil Sabino na manutenção e zelo com as amizades. Eis o que ele apresenta, inclusive na relação de amizade com um amigo do seu pai de nome Walter Santos. Leiamos:
É certo que a vida tem suas variadas formas de nos surpreender e isso vale para tudo. Eu venho aqui falar de um grande amigo de todos e se você não conhece, possivelmente se ele tivesse vivo iria gostar de tê-lo como amigo.
Eu vim falar do filho de Mariinha, produtor cultural, formado em Marketing, com bagagem artística de grande importância para o país. Não sei ainda da dimensão das titulações de meu pai, mas tenho certeza que ele sabia ser amigo. E sabia falar dos amigos.
Pude, por exemplo, presenciar a amizade de meu pai, Gil Sabino, com Walter Santos, uma amizade histórica que passa por várias fases, às vezes mais distante, às vezes mais próximas, porém sempre amizade.
Hoje, dois anos após sua passagem para o plano espiritual, me recordo de um texto escrito pelo meu pai em que ele falava da amizade com Gonzaguinha, escrevia de forma leve, contava histórias, a gente lê e se sente amigo íntimo numa mesa de bar de qualquer cidade do Brasil.
Venho trazendo memórias, pois me emociona muito saber de meus amigos, dos que não conheceram meu pai, que existe o desejo de conhecer ele, se vivo estivesse. A frase tem sido recorrente: queria ter conhecido teu pai.
Hoje eu sigo na poesia, meu pai me acompanha, sigo amigo de Walter, meu pai me acompanha. No abraço de Julia, a caçula, meu pai está lá. Na dúvida de Gil Sabino Jr, meu pai está lá.
E mais do que nunca, na amizade com Walter Santos, é Gil Sabino provando que a matéria, a carne humana é só uma forma da gente se expressar.
Gil é vivo em cada amizade verdadeira que nos contempla diariamente nesse mundo em que vivemos. Quero ser amigo dos meus amigos assim como meu pai era amigo dos amigos dele.
Em tempo: “Qualquer dia, amigo/eu volto a te encontrar”
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Fonte: WSCOM