Na tarde desta quinta-feira (11), o diretor de fiscalização do Conselho Regional de Medicina do Estado da Paraíba (CRM-PB), Bruno Leandro de Souza, e o corregedor do órgão, Klécius Leite, reuniram-se com representantes da Secretaria de Saúde de Bayeux e do Ministério Público para discutir a situação da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade, que está interditada desde a meia noite desta quinta por não possuir quantidade suficiente de médicos para atender a alta demanda de pacientes.
Na reunião, a Secretaria de Saúde se comprometeu em apresentar uma escala médica completa com três profissionais durante o dia e dois durante a noite e ainda melhorar a triagem e classificação de risco, para diminuir o número de atendimentos que não são urgência e encaminhá-los para as unidades básicas de saúde. O CRM-PB também solicitou que seja feita uma campanha para o fortalecimento da atenção básica da saúde para diminuir a sobrecarga da UPA.
“Assim que recebermos a escala médica completa, a UPA será desinterditada pelo CRM-PB. É possível que a população de Bayeux tenha a UPA em pleno funcionamento no final da semana, mas, para isso, aguardamos de forma documental as escalas com os três médicos diurnos e dois noturnos. O CRM-PB e o MP continuarão acompanhando os dados da UPA e, caso seja necessário, solicitaremos mais contratações e faremos novas intervenções positivas de forma a garantir a dignidade do ato médico e do atendimento à população”, explicou Bruno Leandro.
Participaram da reunião, além de Bruno Leandro e Klécius Leite, a secretária de Saúde de Bayeux, Rosiene Sarinho Ribeiro, a diretora clínica da UPA, Luciana Lucena, a coordenadora de Atenção Básica, Jacqueline Marques, a assessora jurídica da Secretaria de Saúde, Rayssa Lima, além da promotora de Justiça do Ministério Público da Paraíba, Andrea Pequeno, que participou de forma online.
Interdição – Na quarta-feira (10), o CRM-PB fiscalizou a UPA de Bayeux e constatou que a quantidade de médicos contratada para a unidade não é suficiente para atender a demanda, colocando em risco o ato médico e a avaliação correta dos pacientes. Conforme foi observado, há dois médicos para atender diariamente 180 pacientes. Ou seja, são 90 pacientes para cada médico atender em um turno de 12 horas. Cada paciente teria que ser avaliado em apenas oito minutos. Diante disso, foi realizada a interdição ética do trabalho médico. Esta foi a quarta vez que o CRM-PB esteve na UPA e reportou o problema à gestão municipal.
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Fonte: WSCOM