Teve início, nesta segunda-feira (9), uma campanha da Reitoria da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) para combater o abandono de animais nos quatro campi da Instituição. Com peças de comunicação produzidas pela Assessoria de Comunicação (ASCOM) e pela TV UFPB, a sensibilização para a comunidade acadêmica inclui banners afixados nas dependências da UFPB em João Pessoa, Santa Rita, Areia, Bananeiras e Rio Tinto/Mamanguape, posts e vídeos divulgados nas redes sociais.
A campanha é uma das medidas adotadas pela Reitoria da UFPB, que já se reuniu neste semestre com diretores de centros de ensino e coordenadores de projetos de extensão ligados ao bem-estar animal para discutir o problema, que afeta principalmente o Campus I, onde a estimativa é de que haja cerca de 700 gatos abandonados, mas também atinge os demais centros de Areia, Bananeiras e Rio Tinto/Mamanguape, assim como as unidades do Campus I fora da sede, no bairro de Mangabeira e município de Santa Rita.
Para a Vice-reitora, professora Liana Filgueira, é preciso o engajamento de toda a comunidade universitária para que haja o combate efetivo ao crime de abandono de animais.
As mensagens veiculadas na campanha de conscientização enfatizam que o abandono de animais é crime e apelam a estudantes, docentes e técnicos administrativos para que denunciem a situação por meio dos telefones 83 3216 7120 (Superintendência de Segurança Institucional), 190 (Polícia Militar) ou 83 3264 9166 (Delegacia de Crimes contra o Meio Ambiente/Polícia Civil). A legislação prevê pena de reclusão de 2 a 5 anos, multa e proibição da guarda no caso de maus-tratos contra cães ou gatos.
“É uma responsabilidade de todos da comunidade acadêmica, para que esse crime de abandono seja pelo menos diminuído dentro da Instituição e que haja realmente punição para quem comete este tipo de ato”, defendeu a servidora da UFPB Edivânia Almeida, membro do projeto de extensão Animais Comunitários. Por meio da atuação no Instagram, o projeto busca incentivar a adoção de animais, na tentativa de diminuir a superpopulação no campus de João Pessoa.
Coordenadora adjunta de outro grupo de extensão que atua na defesa dos direitos dos animais na UFPB, o Núcleo de Justiça Animal (NEJA), a professora Giorggia Petrucce também destacou que é crucial a adesão da comunidade universitária na campanha de conscientização iniciada na Instituição.
“Trata de uma questão de saúde e bem-estar única que envolve o meio ambiente, animais humanos e não humanos, direitos fundamentais e garantias constitucionais que têm sido constantemente violados pela prática de crimes ambientais como o abandono e o reabandono de animais na UFPB”, destacou Giorggia, que é membro da Comissão de Bem-estar Animal do Centro de Ciências Jurídicas (CCJ) da Universidade.
A expectativa dos dois grupos que atuam na causa dos direitos dos animais na UFPB é que essa mobilização junto à comunidade acadêmica contribua para que a resolução – que trata da política da UFPB quanto ao tema e da criação de uma Comissão de Direito e Bem-estar Animal – seja aprovada em breve pelo Conselho Universitário (Consuni).
“Essa resolução vai ajudar bastante os protetores que atuam de forma independente no combate ao abandono dentro do campus. A Comissão vai nos dar mais força de atuação na Instituição, porque é algo formalizado pela gestão. É urgente que se aprove esta resolução”, enfatizou a servidora Edivânia Almeida.
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Fonte: WSCOM