Um homem, identificado pela Polícia Civil como Josafá Marinho de Medeiros, de 26 anos, foi preso nesta segunda-feira (4) suspeito de participar do roubo de fios de cobre na Estação Elevatória de Água Bruta de Gramame, que deixou cerca de 760 mil pessoas sem água em João Pessoa. Josafá atua como mecânico, é morador da comunidade do Taipa, no bairro Costa e Silva, na zona sul da capital paraibana, e é apontado pela polícia como envolvido no transporte do material roubado. A prisão do homem suspeito de roubar fios de cobre da Cagepa foi feita pela Delegacia de crimes contra o Patrimônio (DCCPAT).
Segundo a investigação da Polícia Civil, conduzida pelo delegado Braz Morroni, o crime contou com a participação de vários criminosos, sendo, aproximadamente, cerca de oito pessoas. Os criminosos teriam utilizado veículos dos próprios funcionários rendidos para transportar o cobre até um matagal na comunidade, onde Josafá aguardava instruções para buscar o material. Quando a polícia chegou ao local, porém, o cobre já havia desaparecido.
Ainda na segunda-feira (4), a Polícia Civil da Paraíba avançou nas investigações sobre o roubo de fios de cobre na Estação Elevatória de Água Bruta de Gramame, conseguiu imagens dos homens envolvidos no crime e já havia divulgado que havia suspeitos do assalto sob investigação.
No dia do roubo, os suspeitos usaram um veículo utilitário que estava adesivado para transportar o cobre, removendo os adesivos após o crime para dificultar a identificação. A estação da Cagepa onde ocorreu o crime não possuía câmeras de segurança, que foram instaladas somente após o incidente.
Testemunhas afirmaram que a intenção dos criminosos era incendiar um dos veículos usados na fuga, mas não conseguiram, pois o carro caiu em um barranco próximo à Estação de Água de Gramame. Outro veículo foi abandonado na BR-101, e os criminosos seguiram em fuga em um terceiro carro. A polícia acredita que os carros possam conter vestígios biológicos ou impressões digitais, razão pela qual os assaltantes pretendiam se desfazer deles.
A Polícia acredita que o grupo esteja envolvido em outros roubos a empresas em João Pessoa, também visando o cobre. Em um dos casos investigados, os criminosos teriam levado até um transformador. Até o momento, o material roubado da Cagepa ainda não foi recuperado, e as investigações continuam para identificar os demais envolvidos.
Ainda segundo as investigações, Josafá Marinho já tem histórico criminal por tráfico de drogas.
Na quinta-feira (31), o delegado também afirmou acreditar que o roubo foi planejado. A Estação Elevatória de Água Bruta de Gramame, alvo da ação criminosa, não possui câmeras de segurança, o que dificulta as investigações.
“Acreditamos, pelo modus operandi utilizado, que eles já sabiam o que estavam fazendo. Inclusive, há alguns meses, ocorreu esse mesmo furto na empresa, e pensamos que, pela forma como foi conduzido toda a ação criminosa, eles já sabiam o que estavam fazendo. Também consideramos que já existe uma pessoa específica, o receptor, para receber todo o cobre”, afirmou o delegado Braz Morroni, responsável pela investigação.
Segundo Morroni, criminosos também invadiram e levaram fios de cobre da estação no primeiro semestre deste ano, mas em menor quantidade, de forma que não interromperam a distribuição de água na região.O primeiro caso está sendo investigado pela Polícia Civil de Conde, enquanto o roubo desta quarta-feira (30) está sob investigação da Delegacia de Crimes Contra o Patrimônio (DCCPAT).
De acordo com o levantamento realizado pela Gerência Regional do Litoral, os bandidos roubaram 450 metros de fios de cobre, causando um prejuízo de R$ 180 mil. No entanto, com a paralisação na distribuição de água, a Cagepa deixou de arrecadar aproximadamente R$ 1,7 milhões.
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Fonte: Jornal da Paraíba