Em São Paulo, o Grêmio se prepara para retomada do calendário em meio à tragédia causada pelas enchentes no Rio Grande do Sul. O time volta a jogar após quase um mês na próxima quarta-feira (29), como mandante em Curitiba. A preocupação com o lado psicológico é evidente, corroborado nas palavras do técnico Renato.
O treinador concedeu entrevista coletiva nesta sexta-feira no CT Joaquim Grava junto ao presidente Alberto Guerra. Renato destacou as dificuldades do retorno da equipe às competições longe de Porto Alegre, no cenário que vive a capital e o estado. E se emocionou.
– Está sendo muito difícil essa parte psicológica. Eles (jogadores) estão com a cabeça aqui, têm treinado, mas sempre na preocupação com o nosso povo, com a família deles. A maioria tirou a família de lá, então a saudade deles também é imensa – iniciou Renato.
– O Grêmio está e vai ser prejudicado, os clubes não têm culpa, eles tão jogando, tanto na parte física quanto na técnica, e o Grêmio está praticamente um mês sem jogar, a desigualdade é muito grande. Tenho conversado com o presidente, mas é entre ele e a CBF. A cabeça dos jogadores está muito ruim. Somente quem está lá sabe o sofrimento que o povo tem passado – disse Renato, praticamente às lágrimas.
Desde o fim do mês passado, o Rio Grande do Sul tem sofrido com as cheias por conta dos temporais. Para o Grêmio, e demais clubes gaúchos, resultou no adiamento dos jogos por parte da CBF por 20 dias, além da paralisação de duas rodadas inteiras do Brasileirão.
Há uma semana, o elenco gremista migrou para São Paulo para voltar às atividades, em período de treinamentos no CT Joaquim Grava, do Corinthians. Na sequência, o time vai para Curitiba mandar os primeiros compromissos na retomada, no estádio Couto Pereira.
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Fonte: Paraiba.com.br