A Organização das Nações Unidas (ONU) aponta o crime de homicídio como o mais fiel termômetro de aferição da violência em um país, estado, cidade ou região. O indicativo é utilizado por institutos de pesquisa no mundo inteiro e, no Brasil, a Polícia Civil da Paraíba é destaque – ano a ano – por seus resultados apresentados na investigação do crime mais grave que um ser humano possa sofrer.
A região polarizada pela 12ª Delegacia Seccional (12ª DSPC), com sede no município de Esperança, é mais uma que atesta a eficiência da Polícia Civil paraibana, trabalho recorrentemente elogiado por institutos de pesquisa renomados no Brasil. Neste ano de 2023, a PCPB já elucidou, até o momento, 11 dos 13 Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI’s) registrado nos 11 municípios que compõem a 12ª DSPC. Em outras palavras, um percentual de elucidação de 85% dos casos, numa área populacional de quase 160 mil habitantes.
“São resultados de primeiro mundo. Qualquer especialista em segurança pública vai confirmar isso que estamos afirmando”, disse o delegado seccional da área, Danilo Orengo, ao falar sobre o assassinato mais recente ocorrido na região.
Trata-se da morte de Rodrigo Lima de Araújo, assassinado a tiros no último domingo, 17 de dezembro, no município de Remígio. O Grupo Tático Especial (GTE) da 12ª DSPC já havia identificado o autor dos disparos e iniciado os procedimentos da investigação, quando o delegado seccional recebeu uma ligação telefônica.
“Era uma advogada, dizendo que apresentaria o autor do crime na segunda-feira. E ela assim o fez. Ele se apresentou na delegacia e ainda levou as nossas equipes ao local onde estava escondida a arma de fogo utilizada no crime”, explicou Orengo.
Abrangência
A área da 12ª DSPC é composta pelos seguintes municípios: Esperança (sede), Remígio, Areia, Areial, Alagoa Nova, Matinhas, Montadas, Puxinanã, Pocinhos, Algodão de Janadaíra e São Sebastião de Lagoa de Roça. Juntos, eles totalizam uma população de aproximadamente 157 mil habitantes.
Esse volume de pessoas é maior, por exemplo, do que a população das cidades de Santa Rita (PB), Patos (PB), Garanhuns (PE), Crato (CE), Paulo Afonso (BA), Altamira (PA), Barretos (SP), entre outras. Assim, comparando-se com os resultados da 12ª DSPC, é como se cada cidade dessa tivesse um índice de elucidação de homicídios de 85%.
Diretrizes da Delegacia-Geral
O foco nas investigações para prender autores do crime mais grave – o assassinato – é determinação direta da Delegacia-Geral da Polícia Civil paraibana, pois, conforme apontam todos os estudos científicos, a certeza da punição é a maior ‘arma’ para inibir a violência.
“Porque é uma questão óbvia. Se você sabe que será investigado, preso e punido, a lógica é você pensar duas vezes antes de cometer o crime. Claro que existem casos excepcionais, até porque o ‘crime’ é resultado de múltiplos fatores, mas a regra é essa: mais punição, menos crimes”, explicou o delegado-geral, André Rabelo.
O destaque nacional
Além dos resultados apresentados na elucidação de homicídios na área da 12ª DSPC e em outras regiões do estado, a Polícia Civil conduz o nome da Paraíba a patamares ainda mais elevados, quando institutos de pesquisa do Sudeste – a exemplo do Instituto Sou da Paz, de São Paulo – aponta os procedimentos aplicados pela PCPB como possível modelo a ser implantado nos demais estados, nas técnicas de monitoramento e mensuração dos CVLI’s.
Na versão 2022 do relatório “Onde Mora a Impunidade? – Porque o Brasil precisa de um Indicador Nacional de Esclarecimento de Homicídios”, o Instituto Sou da Paz faz menção à Portaria nº 580/2021, da Delegacia-Geral, que formaliza os métodos adotados pela PCPB.
Investigação é o caminho
Ainda em seu documento, o Sou da Paz afirma que os crimes que resultam em mortes violentas – como homicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte – devem ter prioridade nas investigações policiais.
É o que a Polícia Civil da Paraíba vem fazendo com a eficiência comprovada pelos resultados.
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Fonte: PARAIBA.COM.BR
