
A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou para o plenário da Primeira Turma, o pedido revogação da prisão preventiva do padre Egídio de Carvalho. O julgamento virtual foi marcado nesta quinta-feira (27) e deve ocorrer entre os dias 4 e 11 de abril.
Os ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Alexandre de Moraes e Flávio Dino, que compõem o Colegiado, vão analisar a decisão monocrática de Carmén Lúcia, tomada no último dia 14 de março, negando a liberdade ao religioso.
Na decisão, a ministra destacou a gravidade dos crimes investigados e a “periculosidade do recorrente, consideradas a gravidade concreta da conduta imputada e a necessidade de desarticular a organização criminosa, que seria por ele comandada”.
Acusações contra Padre Egídio envolvem desvios milionários
As investigações indicam que Padre Egídio teria desviado R$ 140 milhões destinados a instituições como o Instituto São José, mantenedor do Hospital Padre Zé, e a Ação Social Arquidiocesana da Paraíba. Os valores seriam provenientes de convênios com a Prefeitura de João Pessoa e a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Humano.
Entre os bens supostamente adquiridos com os valores desviados estão:
- Imóveis de alto padrão;
- Veículos de luxo;
- Obras de arte.
Além disso, ele é acusado de subtrair 670 produtos doados pela Receita Federal ao hospital, incluindo iPhones, que deveriam ser leiloados para arrecadar fundos para a entidade.
Padre Egídio deixou a direção do Hospital Padre Zé em outubro de 2023, após vir à tona a denúncia do furto de 100 celulares doados pela Receita Federal. Ele foi afastado de todas as funções eclesiásticas pela Arquidiocese da Paraíba e segue respondendo judicialmente pelas acusações.
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Fonte: Jornal da Paraíba