Pâmela Bório publica retratação por ataques ao Judiciário da Paraíba: “Fiz acusações infundadas”

Nesta terça-feira (23), a jornalista Pâmela Bório, ex-primeira-dama da Paraíba, utilizou as redes sociais para cumprir um acordo processual e se retratar das acusações feitas anteriormente ao Judiciário Paraibano. Em um evento público ocorrido no dia 7 de abril de 2019, na orla de João Pessoa, ela proferiu um discurso no qual acusou os magistrados paraibanos de envolvimento em práticas de corrupção e “venderem sentenças”, expressando outras críticas ofensivas e mencionando especificamente o juiz Aluízio Bezerra. O fato recebeu ampla repercussão na imprensa e, à época, a Associação dos Magistrados da Paraíba (MPPB) emitiu uma nota de repúdio.

Ainda em abril de 2019, no dia 14, a jornalista recorreu novamente às redes sociais para intensificar suas críticas ao Judiciário, publicando uma nota intitulada “In(justiça)”. Como consequência, ela foi acionada judicialmente pela Associação dos Magistrados da Paraíba e, recentemente, chegaram a um acordo no qual ficou estabelecido que ela faria uma retratação pública. Tal retratação foi realizada hoje pela jornalista e apresentadora.

No texto de retratação, divulgado em suas redes sociais, Pâmela Bório diz ter agido de forma impensada ao fazer comentários inverídicos sobre o judiciário. Ela reconhece ainda que o discurso usado extrapolou o limite de liberdade de expressão e crítica razoável.

Ela ainda expressa sua retratação em relação ao Poder Judiciário do Estado da Paraíba e a cada um de seus juízes, mesmo aqueles que não foram citados, mas que tenham se sentido ofendidos.

Confira a publicação:

 

Sobre o caso

No ano de 2019, o juiz Aluízio Bezerra protocolou uma ação contra Pâmela Bório, por calúnia, injúria e difamação, por conta de declarações proferidas, em 7 de abril, durante uma manifestação no Busto de Tamandaré, quando a ex-primeira-dama teria chamado o magistrado de “cooptado e corrupto… sempre facilita as ações do governo do Estado da Paraíba, a sua hora está chegando também, senhor, Vossa Excelência”.

Em sua acusação, o juiz postulou: “Na ocasião (do evento no busto), foram proferidas ilações desnecessárias e desprovidas de qualquer elemento probatório que conferisse ao menos lampejos de veracidade à narrativa. A querelada aproveitou-se do momento para inflamar a população contra o Poder Judiciário e utilizou-se do nome do querelante para imputar acusações gravíssimas ao mesmo, que foram amplamente difundidas na internet por meio de sites de notícias, blogs e redes sociais como se verdade fossem.”


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Fonte: WSCOM

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