Paciente que recebeu transplante de coração no Hospital Metropolitano tem alta em menos de um mês

 

 

“É um renascimento. Estou muito feliz com meu coração novo e vou viver essa vida com todo o cuidado do mundo, e por isso quero agradecer a essa família que teve um gesto nobre de poder doar esse órgão”. O depoimento é de Francisco de Assis Quixaba, de 47 anos, que nesta sexta-feira (10) recebeu alta do Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, unidade gerenciada pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde – PB Saúde, após receber um transplante de coração, no último dia 18 de janeiro.

Com o diagnóstico de miocardiopatia dilatada idiopática, uma doença grave, progressiva e que tem um alto índice de mortalidade, o paraibano apresentava uma insuficiência cardíaca avançada, e, por isso, seu coração bombeava na fração de 20%, quando o normal é acima de 55%, segundo explicou a cardiologista clínica e coordenadora do ambulatório para transplante do Metropolitano, Tauanny Frazão.

“É uma emoção muito grande estar vivendo esse dia de celebração onde ele consegue voltar para casa, não mais com um coração grande, que limitava ele das atividades habituais, mas com um coração novo batendo no peito e tendo o resto da vida com qualidade”, disse a médica.

A espera de seu Francisco acabou quando, em Campina Grande, uma família disse sim para continuidade da vida dele e de outras pessoas, pois, além do coração, também foram doados o rim esquerdo e as córneas. A captação aconteceu no Hospital Estadual de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, onde estava desde o dia 10 de janeiro o doador, um paciente de 39 anos, vítima de atropelamento, e que teve a morte causada por trauma crânio-encefálico (TCE).

“Nós iniciamos o ano de 2023 mudando a vida das pessoas. Seu Francisco de Assis é um exemplo que toda a população deve seguir, é um exemplo de esperança renovada através do gesto da doação. Hoje ele volta para casa, para o convívio familiar, e nós ficamos muito felizes com isso. Vamos continuar com essa árdua tarefa, contando com a conscientização da sociedade de dizer ‘sim’, em um momento que é de muita dor, mas que através da alta dos transplantados, como o caso de Seu Francisco, que se sintam sensibilizados em autorizar a doação”, diz Rafaela Dias, que é diretora da Central de Transplantes da Paraíba.

No Metropolitano, todo o procedimento cirúrgico durou mais de 6h, e a implantação do órgão durou cerca de 2h30m, tendo transcorrido sem intercorrências, segundo explicou o cirurgião cardiovascular Antônio Pedrosa. “Assim que implantamos o órgão, ele já começou os primeiros batimentos. Tudo ocorreu muito bem, a cirurgia foi um sucesso, realizada por uma equipe altamente capacitada. Agora o paciente segue para a Unidade de Terapia Intensiva Cardiológica, que é uma unidade específica com especialização para o pós-operatório do transplante cardíaco, em que tem à disposição todo aparato técnico e profissional para a assistência do nosso transplantado “, discorreu o cirurgião.

Tanto a captação como o transplante do coração ocorreram em instituições públicas de saúde no estado e o trabalho envolveu diversos profissionais. “Sem dúvida esse processo chancela a capacidade da alta complexidade deste hospital. Para mim é uma dupla satisfação e emoção, porque no início do processo eu estava na condição de coordenador da Central Estadual de Transplantes, onde participamos de todo o processo de entrevista familiar, que gerou o ‘sim’ para a doação, e agora na condição de superintendente ver a alta dele. É uma coisa emotiva, de fato, perceber que essa pessoa vai viver uma nova vida”, disse o diretor superintendente da PB Saúde, Luiz Gustavo.

Para o secretário executivo de Gestão da Rede de Unidades de Saúde, Arymatheus Reis, a realização de transplantes e assistência para as doenças do coração são prioridades para o Estado. “O programa Coração Paraibano começa agora em março e é um grande desafio que a gente tem. O centro coordenador do programa é o Hospital Metropolitano, toda a regulação de cardiologia da Paraíba vai partir da gente, e tenho certeza que essa equipe é competente para assumir esse compromisso,” disse.

Sobre o Metropolitano: O Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires é referência em cardiologia e neurologia, e recebeu o credenciamento para realização do transplante cardíaco em junho de 2020. Desde então, foi implantado na unidade o Ambulatório de Transplante, para atendimento a pacientes candidatos ao procedimento. Além do transplante em adultos, o Metropolitano tornou-se o 5º hospital público do país habilitado para fazer transplante de coração pediátrico. Em 26 de março de 2022, a unidade hospitalar realizou o primeiro transplante cardíaco 100% SUS pela Paraíba. O paciente beneficiado foi um homem de 60 anos, que recebeu um novo coração de um jovem de 20 anos. No Dia Nacional da Doação de Órgãos, em 27 de setembro do mesmo ano, ele voltou ao Metropolitano para palestrar sobre a importância da doação de órgãos.


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Fonte: WSCOM

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