O advogado Aécio Farias, responsável pela defesa do médico Fernando Cunha Lima, negou durante entrevista ao programa 60 Minutos, do Sistema Arapuan de Comunicação, nesta sexta-feira (7) que tenha orientado seu cliente a se manter foragido e revelou que foi feito por ele um pedido para que a pena fosse cumprida em Pernambuco.
Segundo Farias, a defesa não teve mais contato com o médico desde o último julgamento, negando que tenha influenciado a decisão do médico. “Ele disse que não queria ser preso e, por isso, se evadiu. É um direito da pessoa, principalmente quando se considera desnecessária [a prisão]”, afirmou o advogado.
O defensor ainda revelou que foi impetrado um habeas corpus para que a prisão fosse cumprida em Recife, justificando receios quanto à integridade física de Fernando Cunha Lima. “Mesmo sendo um caso sob segredo de justiça, tenho que revelar. Desde o dia 21 de fevereiro, foi feito um pedido para que ele se apresentasse e cumprisse a prisão em Pernambuco, um pedido dele. Não houve um pronunciamento do Ministério Público”, destacou.
Sobre o estado de saúde do médico, Aécio Farias pontuou que a alegação das comorbidades parte do próprio Fernando Cunha Lima, que tem 55 anos de experiência na medicina. “Isso é uma declaração que pertence a ele, por ser profissional da área e saber do grau de suas comorbidades. Ele considera impossível cumprir pena em cárcere. Por isso, pedimos prisão domiciliar ou que, pelo menos, seja cumprida em um presídio de Pernambuco.”
Farias reforçou ainda que a defesa não influenciou a decisão do médico de não se apresentar às autoridades. “Ele disse: ‘Eu não quero ser preso’. Primeiro que eu não tive contato, nem o doutor Lucas [outro advogado de defesa]. Então, se a família ou ele decidiram não se apresentar, é um problema dele”, afirmou.
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Fonte: PARAIBA.COM.BR