Oito trechos de praias da Paraíba estão impróprios para banho

Oito trechos de praias estão impróprios para banho no Litoral da Paraíba, conforme relatório de balneabilidade divulgado pela Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema). De acordo com o relatório, são sete áreas localizadas em João Pessoa e uma em Pitimbu. 

Os outros pontos monitorados, situados em Mataraca, Baía da Traição, Rio Tinto, Lucena, Cabedelo e Conde tiveram a qualidade das águas classificada como própria.

A análise da balneabilidade da água foi realizada entre os dias 10 e 13 de julho e é válida até o dia 21 de julho, data da nova divulgação de relatório. As demais praias monitoradas continuamente pela Sudema estão liberadas para o banho.

Lista de praias da Paraíba impróprias para banho

Praias em João Pessoa

  • Bessa, em frente a desembocadura do Maceió do Bessa
  • Bessa, no final da Rua Dr. Abel Beltrão
  • Manaíra, em frente ao n° 315 da Av. João Maurício
  • Manaíra, no final da Avenida Ruy Carneiro
  • Cabo Branco, em frente à rotatória
  • Farol do Cabo Branco, em frente a galeria de águas pluviais
  • Arraial, em frente a desembocadura do Rio Cuiá
  • Maceió, em frente à desembocadura do riacho Engenho Velho

O que é balneabilidade de praias da Paraíba?

De acordo com a Sudema, a balneabilidade é a qualidade das águas destinadas à recreação de contato primário, que são atividades de contato direto e prolongado com a água (banho, natação, mergulho, pesca, etc), onde existe a possibilidade de ingestão.

Para a avaliação, é necessário o estabelecimento de critérios objetivos, que devem se basear em indicadores a serem monitorados e seus valores confrontados com padrões pré-estabelecidos, para que se possa identificar se determinado local é favorável ou não.

Os corpos d’água contaminados por esgoto doméstico, por exemplo, podem expor os banhistas a bactérias, vírus e protozoários. Crianças e idosos, ou pessoas com baixa resistência, são as mais suscetíveis a desenvolver doenças ou infecções após terem nadado em águas contaminadas.

Doenças transmissíveis em praias com água contaminada

Doenças transmissíveis por meio de água contaminada são uma preocupação em praias. Embora a maioria das doenças relacionadas ao banho não seja grave, elas podem causar uma variedade de sintomas, como enjoo, vômitos, dores de estômago, diarreia, dor de cabeça e febre.

Além disso, infecções em áreas como os olhos, ouvidos, nariz e garganta também são possíveis. Em praias altamente contaminadas, os banhistas podem estar expostos a doenças mais graves, incluindo disenteria, hepatite A, cólera e febre tifoide.

A contaminação da água pode ocorrer de várias formas, como esgoto não tratado, descarga inadequada de resíduos e poluição causada por atividades humanas. A falta de infraestrutura sanitária adequada e o manejo inadequado dos resíduos são fatores contribuintes para a contaminação da água.

É essencial o monitoramento regular de qualidade da água e para que sejam tomadas medidas que minimizem as possibilidades de contaminação. Os banhistas também devem tomar precauções, como evitar engolir água, lavar as mãos antes de comer e após usar o banheiro, e procurar áreas de praia com melhores condições sanitárias.

A conscientização sobre os riscos associados à água contaminada é fundamental para garantir a segurança e o bem-estar dos frequentadores das praias.

Soluções para praias da Paraíba impróprias ao banho

Marcelo Cavalcanti, Superintendente da Sudema, explica que nas áreas urbanas há dois tipos de soluções para o esgotamento sanitário: a drenagem pluvial e a rede pública de esgoto doméstico.

“Muitas vezes, a população confunde essas duas redes e liga o esgoto doméstico na rede de drenagem pluvial, o que causa contaminação. Isso é ainda mais evidente em regiões litorâneas, onde existe desembocadura da rede de drenagem. O crescimento da cidade também contribui para esse problema”, explica.

A Sudema tem projetos de educação ambiental, como o “Praia Limpa”, para conscientizar a população sobre a importância de não fazer lançamentos indevidos na rede pluvial.

“Quando esses lançamentos são feitos de forma proposital, a atuação é autuar os responsáveis por crime ambiental e obrigá-los a fazer a ligação no destino correto. Essas são as ações para manter as praias da Paraíba limpas”, completou.

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Fonte: Jornal da Paraíba

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