Nestas últimas semanas, dois assuntos aparentemente distantes dominaram as redes sociais: o show de Lady Gaga em Copacabana e o início do Conclave, no Vaticano, após a morte do papa Francisco. Um fenômeno pop e outro religioso — mas ambos com um ponto em comum: o poder de mobilização digital e de construção de narrativas coletivas.
O que isso tem a ver com você, com marcas e com presença digital? Tudo.
Um conteúdo para viralizar não depende de desejo individual. Precisa de desejo coletivo
Lady Gaga veio ao Brasil e isso se transformou em “lotação máxima na internet” com paixões e memes viralizando de tudo que é jeito. A “Lei de Gaga” foi o que imperou no Rio com um ar de ressaca pós-show e movimento econômico dos maiores para a cidade maravilhosa.
Da mesma forma, o início do Conclave movimenta hashtags, análises religiosas e teóricas — antes mesmo de qualquer anúncio oficial. O Papa Francisco mobilizou as redes como ninguém porque conseguiu furar a bolha católica: ele entrou em muitos lugares nunca antes povoado por religiosos, como discutir guerras, fome, economia e até os próprios dogmas bíblicos. O papa foi pop e influencer, sim!
Na era digital, o que viraliza não é o fato, é o que toca, mobiliza, provoca.
Fandoms e fé: a força das comunidades digitais
O caso de Gaga mostra como fãs têm a capacidade de transformar expectativa em presença, e o Conclave mostra como tradições milenares se atualizam nas redes, com internautas acompanhando passo a passo de um processo que antes era restrito à elite da Igreja.
O que une essas duas pontas é o pertencimento. Pessoas querem fazer parte do que está acontecendo. Não querem só ver, querem participar. Postar é pertencer. Compartilhar é se sentir dentro.
Presença digital é estar onde está a atenção — e saber o que fazer com ela
Quando Gaga e o Vaticano estão na mesma timeline, o que vemos é o digital funcionando no seu ápice: mistura de vozes, sobreposição de assuntos e competição de relevância. Enquanto alguns brincam com a “beatificação da Gaga”, outros esperam por uma decisão espiritual de impacto global.
Aqui está a lição: quem sabe como se posicionar nesses momentos de alta atenção digital, ganha visibilidade e autoridade.
A liturgia dos memes: a nova linguagem do digital
Não se trata de banalizar a fé ou idolatrar o pop — mas de entender que as pessoas se expressam hoje por meio de memes, sátiras, vídeos curtos e reações. Até o Vaticano já compreendeu isso. O silêncio cerimonial já convive com transmissões ao vivo e ‘tuítes’ de cardeais.
Marcas, profissionais e líderes precisam entender: a linguagem mudou. A seriedade não precisa excluir o engajamento.
O que tudo isso ensina sobre estratégia de presença digital. A internet está sempre em movimento. Quem não se posiciona, desaparece. Quem não entende o que está acontecendo, fala fora de hora. Quem entra sem contexto, parece oportunista.
Por isso, presença digital é planejamento, escuta e autenticidade. É saber quando falar, o que dizer e com quem dialogar. E, mais do que tudo: é estar preparado para participar dos grandes movimentos — com verdade, visão e estratégia.
Então, seja na praia de Copacabana ou na Praça de São Pedro, a presença digital transforma tudo em palco. Não basta estar conectado. É preciso entender o cenário, ler o comportamento e agir com propósito.
Como especialista em marketing de presença digital, te convido a transformar sua voz em influência real. Porque o mundo digital já está acontecendo — com ou sem você.
(*Jeoás Farias é jornalista, consultor e produtor web)
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Fonte: Jornal da Paraíba
