Como parte do meu trabalho, a cada semana eu leio muito conteúdo sobre dados, tecnologia e inteligência artificial (apelidada de IA). Eu faço uma seleção e envio para você os melhores, todos os domingos.
Todos bem? Esta semana temos a visão de Bill Gates sobre a Era da IA, o Google liberando o Bard para concorrer com o ChatGPT, a China colocando IA para apresentar telejornais e os insights do ecossistema internacional de dados.
É hora de separar O JOIO DO TRIGO…
O chique é ser simples
Essa semana Bill Gates escreveu em seu blog pessoal um artigo intitulado “The Age of AI has begun”. Atualmente, como copresidente da Fundação Bill & Melinda Gates, ele naturalmente compartilha uma visão sobre o uso dessas novas tecnologias para reduzir a desigualdade social.
O texto me fez recordar que, recentemente, participei da Reunião Anual da Sociedade Radiológica da América do Norte (RSNA), evento que congrega radiologistas, físicos médicos e outros especialistas em imagens médicas. Nessa ocasião, deparei-me com uma estatística afirmando que, caso todas as pessoas do mundo tivessem acesso a exames de imagem, não haveria profissionais em quantidade suficiente no mundo para emitir os respectivos laudos.
Ferramentas e tecnologias devem impactar o aumento da produtividade das pessoas. No entanto, com seu amadurecimento, é inevitável que algumas profissões que conhecemos hoje deixem de existir, ao mesmo tempo em que várias outras, ainda inimagináveis, surjam. Um dos grandes desafios nos próximos anos será a requalificação de profissionais neste novo cenário, no qual o governo desempenha um papel importante e precisa liderar essas discussões.
Neste contexto, um trecho do texto dele me levou à reflexão, em uma tradução livre: “Contudo, a demanda por pessoas que ajudam outras pessoas nunca desaparecerá”. O avanço da IA possibilitará que as pessoas se dediquem a atividades que softwares jamais serão capazes de realizar, como ensinar, cuidar de pacientes e dar suporte aos idosos, por exemplo.
Como a maioria das invenções, a inteligência artificial pode ser usada para fins benéficos ou não. Porém, 1 + 1 > 2 se fizermos uso de uma inteligência colaborativa entre humanos e IA.
A inteligência colaborativa entre humanos e IA maximiza a sinergia de habilidades complementares: a liderança, o trabalho em equipe, a criatividade e as competências sociais aliadas à rapidez, escalabilidade e capacidades analíticas. O que seres humanos fazem com naturalidade pode ser complexo ou impossível para as máquinas (como trecho da carta de Bill), e o que é simples para as máquinas (analisar gigabytes de dados) pode parecer impossível para os seres humanos. Tanto a filantropia quanto os negócios e a sociedade se beneficiam desta “inteligência colaborativa”.
Aprimorando nossa Humanidade com IA
Esta semana, inauguramos esta seção que mostra como a IA pode ajudar e servir melhor a sociedade. Podemos sempre pensar em como a inteligência artificial pode identificar e auxiliar na resolução de problemas cuja inexistência tornaria o mundo um lugar melhor. Um exemplo é o desenvolvimento de uma plataforma utilizada pela Polícia Federal, na qual, a partir da análise de milhares de fotos, consegue em pouco tempo alertar aos investigadores quais delas podem representar material de pornografia infantil, com uma precisão de 90%. Neste caso, a IA aumenta a eficiência na busca por provas e reforça o cerco contra quem pratica esse tipo de crime.
Notícias interessantes em português
Enquanto isso na Gringa…
Convidado da Semana: Bill Gates
Esta semana, em seu blog, o fundador da Microsoft comparou seu primeiro contato com os modelos de IA da OpenAI (criadora do ChatGPT) ao seu primeiro contato com a interface gráfica de usuário – precursora de todos os sistemas operacionais modernos, incluindo o Windows. Tecnologia que permitiu a popularização dos computadores pessoais na década de 1980.
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até Domingo…
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Diretamente de O Joio do Trigo
