Como parte do meu trabalho, a cada semana eu leio muito conteúdo sobre dados, tecnologia e inteligência artificial (apelidada de IA). Eu faço uma seleção e envio para você os melhores, todos os domingos.
Na última sexta-feira, o mundo da tecnologia e da inteligência artificial ficou surpreso com a demissão de Sam Altman, Cofundador e CEO da empresa OpenAI, criadora do ChatGPT. Por que essa demissão está gerando tanta discussão? Vamos separar o Joio do Trigo!
O chique é ser simples
Na última sexta-feira, o mundo da tecnologia e da inteligência artificial foi surpreendido com a demissão de Sam Altman, Cofundador e CEO da OpenAI. Algumas horas depois, Greg Brockman, Cofundador e presidente do conselho, comunicou sua saída de forma voluntária.
Ilustração gerada pela ferramenta Midjourney
Fundada em dezembro de 2015 como uma empresa de pesquisa sem fins lucrativos, a OpenAI lançou seu principal produto, o ChatGPT, em 30 de novembro de 2022. O chatbot alcançou um milhão de usuários em apenas cinco dias. Para comparação, o Facebook levou 10 meses e o Instagram, 2,5 meses. Além disso, mais de dois milhões de desenvolvedores fazem uso da solução, incluindo mais de 92% das empresas Fortune 500.
A Microsoft é um dos investidores da OpenAI, com uma participação de 49%. A empresa fez dois investimentos bilionários na empresa, um em 2019 e outro em 2021, totalizando 13 bilhões de dólares.
Você deve estar se perguntando por que essa demissão está causando tanta discussão. Não deveria fazer parte das dinâmicas empresariais?
A OpenAI está entre as pioneiras no desenvolvimento de soluções amplamente adotadas no campo da Inteligência Artificial (IA) generativa. Portanto, a empresa está no centro de transformações tecnológicas com implicações culturais importantes e profundas. O conselho de administração foi muito vago sobre os motivos que levaram a essa decisão, deixando no ar a sensação de que algo relevante aconteceu e não foi divulgado.
Em um momento de ampla discussão sobre o setor, seus impactos e regulamentações, o público não deveria estar informado sobre o que motivou essa decisão? A falta de transparência gera incertezas e abre espaço para diversas especulações e teorias da conspiração.
Ser pioneiro não se limita a estar na vanguarda em termos de tecnologia, sistemas ou funcionalidades; também envolve liderar as discussões e reconhecer que suas ações têm impacto. Outra questão essencial é a equipe – que acreditou na empresa e está empenhada em desbravar este percurso.
O ex-campeão mundial de xadrez, Garry Kasparov, escreveu que o desempenho vencedor não vem da combinação da melhor tecnologia com as melhores pessoas – mas do melhor processo de combinação. O verdadeiro desafio reside na execução.
Será que a equipe de liderança da OpenAI utilizou um copiloto baseado em IA generativa para apoiar esses processos? Em um mundo onde a inteligência artificial é a “nova eletricidade”, é essencial que decisões de impacto sejam tomadas com cautela e de forma estratégica.
Brincadeiras à parte, nossa conversa de hoje torna mais evidente como o “pensamento crítico” e o “elemento humano no processo de tomada de decisão” se tornaram a nova vantagem competitiva.
A era da IA está apenas começando! 🙂
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