O adeus dolorido ao Poeta da Paz, condutor mestre das Palavras, que lhe fez diferenciado na arte de fazer o bem

Quando as chuvas resolveram se manifestar logo cedo deste Domingo de Páscoa logo fui instigado a alinhar este fenômeno da natureza com o anúncio em seguida que havia uma Dor bem doída a exigir de nós o pranto da saudade.

 

Lá no Hospital Santa Isabel, para onde fora socorrido às primeiras manifestações de sufoco, ainda era madrugada quando o Poeta da Paz e Mestre maior das Letras, muito querido Juca Pontes se fora entre os humanos para carimbar sua imortalidade pelo saldo em vida.

 

Não há, até onde a vista alcança, nenhuma atitude ou fato a envolver o Poeta que não fora construindo diálogos com aquela voz mansa, cuidado no trato pessoal sem que nunca soubesse dizer não quando se batia à sua porta. Nem mesmo nas acirradas disputas eleitorais da Paraiba Velha de Guerra.

 

Contemporâneo de Juca, registro nossos primeiros diálogos nos anos 70  na Academia Paraibana de Poesia aos sábados no ambiente presidido pela poetisa Helena Raposo, ao lado da API, tendo-o já com o domínio poético de ser diferenciado, muito capaz.

Daí em diante enveredou pela arte de construir sonhos e castelos sob a estrutura segura das Palavras misturadas ao talento de montá-las nos diversos modelos de projetos culturais, entre eles a edição de livros.

 

Pois bem, neste saldo imensurável de produção artística e literária eis que coincide sua partida com a data marcante do Domingo de Páscoa, comum a reunir familiares e amigos, agora para nos despedirmos deste grande cidadão que, como Diógenes, andava e vivia pelas ruas a fomentar a conduta dos Homens de Bem.

 

Uma grande falta certamente nos fará para sempre a nos acalentar apenas com a sabedoria do que ele tanto produziu, reproduziu e usufruiu para ser eterno por sua obra.

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“O nome/a obra imortaliza”


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Fonte: WSCOM

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