
A possibilidade do União Brasil e Progressistas formalizarem uma Federação tem mobilizado os bastidores da política paraibana desde ontem, quando o partido de Ciro Nogueira (PP) decidiu avançar com a iniciativa. Uma junção das duas legendas poderia aproximar, para um mesmo palanque, o senador Efraim Filho (UB) e o grupo Ribeiro (PP) – hoje em lados opostos.
O Progressistas aguarda o sinal verde do União Brasil, mas muitos já dizem que, em abril, o processo de federalização tenha sido concluído.
Hoje caciques dos dois partidos disseram que há espaço para diálogo.
Efraim lembrou que sempre manteve uma boa relação com o grupo Ribeiro. Já Mersinho Lucena, filho do prefeito Cícero Lucena (PP), derivou no mesmo sentido com relação aos Morais.
Mas a construção não é simples.
É que União e Progressistas querem ser protagonistas em 2026 na Paraíba. O primeiro com a candidatura de Efraim ao Governo. O segundo com o projeto de reeleição de Lucas, ou, quem sabe, uma candidatura a governador do prefeito Cícero Lucena.
Mas que desfecho deve ser esperado, caso a Federação seja formalizada?
O critério número 1 para definir quem dará as cartas nos Estados será o número de cadeiras na Câmara Federal. Nesse caso, o Progressistas está em vantagem. Tem dois deputados (Aguinaldo e Mersinho), enquanto o União possui apenas Damião Feliciano.
Efraim argumenta, contudo, que o seu partido possui um mandato no Senado até 2030.
Esse fator, contudo, pode ser ofuscado com o retorno da senadora Daniella Ribeiro para o Progressistas e, sobretudo, com a perspectiva de Lucas assumir o Governo do Estado em 2026. A regra número 2 das definições seria exatamente a existência de vices que podem vir a ser governadores em 2027.
Na matemática mais paroquial, o Progressistas também é mais robusto.
Tem o prefeito da Capital, potencial candidato ao Governo estadual, e outros 20 prefeitos – de cidades importantes como Santa Rita e Cajazeiras. Além da iminência de receber mais 11 gestores ligados a Daniella, que foram eleitos ano passado pelo PSD. O União conquistou 23 prefeituras, com destaque para Campina Grande e Guarabira.
Na Assembleia a divisão de forças é equilibrada. O partido de Aguinaldo tem 4 deputados, enquanto a legenda comandada por Morais possui 3 cadeiras.
Não é impossível, contudo, que os projetos das duas legendas sejam unificados. Na dinâmica da política paraibana qualquer arranjo, por menos provável que seja, pode ser desenhado – desde que um dos lados renuncie ao projeto do Palácio da Redenção em 2026. Algo que, por enquanto, não está no radar de nenhum dos dois partidos.
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Fonte: Jornal da Paraíba