Ministério Público da PB pede prisão de Padre Egídio, mas Justiça da Paraíba nega solicitação

O Ministério Público da Paraíba (PMPB) pediu à Justiça da Paraíba o pedido de prisão do Padre Egídio, investigado por supostos desvios de recursos e doações do Hospital Padre Zé, em João Pessoa. O juiz José Guedes Cavalcanti Neto, da 4º Vara Criminal, negou a solicitação do órgão.

De acordo com informações, a Justiça entende que não há condições ou fundamentos legais para a prisão do religioso.

Entenda

O Padre e ex-diretor do Hospital Padre Zé, em João Pessoa, Cônego Égidio de Carvalho Neto, renunciou ao cargo no dia 18 de setembro, durante investigações sobre um suposto esquema criminoso que desviava doações para o hospital. O caso foi divulgado com exclusividade no programa Cidade Em Ação, com Samuka Duarte, da TV Arapuan, nessa terça-feira (19).

De acordo com delegada Maíra Roberta as investigações se iniciaram no mês de agosto, após o diretor do hospital, o Padre Égidio, informar que alguns aparelhos eletrônicos, inclusive celulares foram furtados. “Diante da peculiaridade do fato, foi designada pela Delegacia Geral uma delegada com caráter especial para fazer essa apuração. Logo após diligências foram tomadas, pessoas foram ouvidas e a investigação está bem avançada”, disse.

Empréstimo Milionário

As investigações sobre possíveis desvios de recursos doados para o Hospital Padre Zé, em João Pessoa, apuram a realização de dois empréstimos que juntos somam uma quantia de R$ 13 milhões, durante a gestão do ex-diretor, Padre Edígio. A informação foi confirmada pela Arquidiocese da Paraíba, durante a visita do Arcebispo Dom Manoel Delson.

De acordo com informações da própria arquidiocese, foram realizados dois empréstimos em bancos diferentes. O primeiro no valor de R$ 600 mil reais e o segundo no valor de R$ 12,4 milhões. Os empréstimos foram realizados durante a gestão do ex-gestor Padre Egídio, que está na mira do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (GAECO), por supostos desvios de recursos doados para a instituição.

Imóvel avaliado em R$ 5 milhões

Duas piscinas, área de lazer, painéis de energia solar e muito mais. Estas são apenas alguns benefícios encontrados na granja do Padre Egídio, apontado como dono da propriedade segundo as investigações do Ministério Público da Paraíba (MPPB). A granja é localizada na cidade do Conde, na Região Metropolitana de João Pessoa, no Litoral do Estado. A propriedade é avaliada em mais de R$ 5 milhões e conta com oito apartamentos e até um pequeno espaço com mata.

Conforme as investigações, durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão, foram encontradas 11 propriedades atribuídas ao investigado, inclusive um apartamento na cobertura de um prédio na área nobre da praia de João Pessoa.

Vinhos, cachorros e fogão de R$ 80 mil

Durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão, realizado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do MPPB, na ‘Operação Indignus’, foi encontrado na granja um fogão avaliado em mais de R$ 80 mil, além de 30 cachorros da raça Lulus da Pomerânia, cada filhote podendo a chegar a custar R$ 15 mil além de caixas com garrafas de vinhos estimados em R$ 1,6 mil.

Padre se apresenta no GAECO

O ex-diretor do Hospital Padre Zé, Padre Egídio, se apresentou, no dia seis de outubro, na sede do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, em João Pessoa. A informação é do repórter da TV Arapuan, Betinho Nascimento. O religioso também entregou o celular

Resumo

  • O Padre Egídio é investigado por suposto desvios de recursos e doações do Hospital Padre Zé, em João Pessoa;
  • As investigações do MPPB aponta que o Padre Egídio teria desviado esses recursos e doações para o uso pessoal;
  • Em uma coletiva de imprensa, o atual diretor do Hospital Padre Zé, Padre George Batista, informou que o durante a gestão do Padre Egídio, foi realizado dois imprevistos, que juntos chegam a R$ 13 milhões;
  • Durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão, foram encontradas 11 propriedades atribuídas ao investigado, inclusive um apartamento na cobertura de um prédio na área nobre da praia de João Pessoa ;30 cachorros da raça Lulus da Pomerânia; carros de luxo; caixas com garrafas de vinho avaliadas em mais de R$ 1,6 mil e muito mais.
  • MPPB pede prisão do religioso, porém a Justiça da Paraíba nega;

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Fonte: PARAIBA.COM.BR

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