Uma das páginas mais expressivas de Jobim é Felicidade, com ou sem fim, pluma levada ao ar, necessidade do vento, gota de orvalho na pétala da flor, estalava ou oscilante a felicidade em múltiplas cores. Ousar! Feliz poder-se à sinfonia dos passáros, nos verões do meu jardim, saudando amigas e amigos que elegem a minha casa.
Abraço afetuosamente o escritor-advogado Thélio Queiroz Farias, com as expressões de carinho às memoráveis personalidades universitárias como o professor Catarina Aureliano por seus relevantes serviços prestados em órgãos públicos, a exemplo da série histórica que evidencia o saber do historiador Rui Leitão.
Já o poeta José Emilson, nascido para ser um esteta!
Emocionante na fotografia é o leitor de poesia em sua expressão silenciosa! E que emoção na escultura do artista plástico Clênio Brasil! Sua arte se consagra em museus.
Entre os encontros muitos trouxeram-se Mário Hélio Gomes entre os amigos mais ilustres da geração 1960. Múltiplas atividades culturais aproximaram-nos em apresentações públicas — universidades, clubes e academias.
Azevedo com a concepção de Geraldo Azevedo — o músico de alma generosa, morando não na filosofia, mas na música por inteiro* que, de acordo com Mário Hélio, significa “uma visão heideggeriana da linguagem”.
Outro adorável contemporâneo espírito-lírico em Campina Grande, também jornalista e memorialista, foi José Octávio de Arruda Mello, que fundara com o artista e memorialista Chico Azêdo o importante Instituto Histórico-Cultural Raul Córdula. Fez também, junto com a saudosa Flandreia (Flametta), sua amada e por ele eternizada filha, belíssimos saraus no seu jardim, no bairro do Catolé.
Gastronomia, artes plásticas, teatro, literatura, tudo se reunia ali, nas noites de música e sonhos, luz e beleza, entre encantamentos e risos.
A cultura da terra é bênção divina — e Campina Grande é lugar privilegiado, não apenas por seus filhos ilustres, mas pela força dos sentimentos, pelos saberes e sabores. Na sua arte, ciência e religiosidade, a cidade revela uma mística.
Há uma relação misteriosa entre Campina e os contos de Franz Kafka e Eça de Queirós. Atmosfera e surrealismo.
Recordo-me de “A lágrima de um homem público”, de Mário Helio Gomes de Macedo. Refiro-me à passagem da morte do Reitor e amigo, Valdir de Moraes Viana Rodrigues Vilela, exímio administrador da UEPB, advogado de homem público, tornou-se concepção como grandeza desalentada.
Integrante e presidente, por diversas vezes, da Academia Brasileira de Letras (APL), e na qualidade de auditor do Tribunal de Contas da União, pelo Nordeste sentia-se entusiasmado ao compartilhar seus saberes, com muito afeto e humanismo.
A política educacional, como um sonho que se edifica em atos de amor ao próximo, foi sempre uma forma de compromisso com a elevação da condição humana.
Que nossos afetos acresçam e pronto renasça o amor nos Congressos Nacionais, para a construção de uma Campina Grande, mais igualmente humana.
E que a sensibilidade dos nossos professores possa se expressar como versos poéticos, ainda que em prosa, como uma rosa feliz de Tom Jobim.
É Páscoa
Que a Páscoa seja um permanente renascer à humanidade. De se fazer do humano, irmão. De se fazer da vida, eternidade, nos abraços de luz de uma saudade que é amor na construção do amanhã.
Abençoada repetição pascal.
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Fonte: WSCOM