Decisão do juiz José Milton Barros de Araújo, do 2º Juizado Especial Misto de Patos, determinou a soltura do delegado Elcenho Engel, detido na última sexta-feira (4) sob a acusação de participação em um esquema de desvio de recursos ligados a fianças.
O delegado estava sob custódia como parte da Operação Infidelis Procurator, que desvendou um suposto desvio de fundos da Polícia Civil, provenientes de pagamentos de fianças. A investigação revelou que Engel recebia valores em dinheiro relacionados a essas fianças, mas não os repassava ao sistema financeiro conforme exigido.
A decisão judicial de soltura impõe algumas condições ao delegado Elcenho Engel. Ele está proibido de deixar a comarca por mais de oito dias sem autorização do tribunal e deve comparecer regularmente perante o juízo para informar e justificar suas atividades até o desfecho do processo. O delegado também permanecerá sob ameaça de prisão preventiva em caso de qualquer outra infração penal.
Elcenho Engel, que é delegado da Polícia Civil em Patos, enfrenta acusações de peculato e prevaricação. Além do suposto desvio de fundos, as investigações sugerem que ele teria retardado a distribuição dos inquéritos policiais relacionados às autuações em flagrante, numa suposta tentativa de ocultar a apropriação do dinheiro obtido por meio das fianças.
O início da investigação se deu a partir de suspeitas de que o delegado estivesse envolvido nessas práticas há cerca de oito anos. A denúncia do Ministério Público da Paraíba (MPPB), que trouxe à tona as alegações, foi parcialmente aceita pela Justiça. Como resultado, Engel foi afastado de seu cargo e seu sigilo bancário foi quebrado para aprofundar as investigações.
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Fonte: WSCOM