
A Justiça da Paraíba adiou, pela segunda vez, o depoimento do médico João Paulo Souto Casado, acusado de agredir a ex-companheira na presença do filho. O novo adiamento ocorreu devido à ausência do advogado de defesa na audiência. A audiência foi remarcada para o dia 17 de junho.
Segundo o advogado Aécio Farias, responsável pela defesa do médico, ele está nos Estados Unidos e enfrentou problemas técnicos para acessar a sala virtual da audiência.
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O primeiro adiamento aconteceu em 28 de janeiro, quando uma das testemunhas de defesa não compareceu. Naquela sessão, foram ouvidas as testemunhas presentes: duas de acusação, quatro de defesa e a própria vítima.
Com exceção do réu, todas as testemunhas do caso já prestaram depoimento. A testemunha de defesa que causou o primeiro adiamento foi dispensada pela Justiça.
O depoimento de João Paulo Souto Casado deverá ser o último ato da fase de instrução processual, que exige a oitiva de todas as testemunhas antes do interrogatório do réu. Concluída essa etapa, o processo seguirá para as alegações finais e, posteriormente, para a decisão judicial sobre o caso.
Entenda o caso
O ex-diretor técnico do Complexo Hospitalar de Mangabeira, o Trauminha, em João Pessoa,foi investigado pela Polícia Civil por agressão contra a mulher. Segundo a delegada da Mulher Paula Monalisa, vídeos de 2022 mostram o médico João Paulo Souto Casado agredindo a ex-companheira, em pelo menos duas ocasiões diferentes. As imagens foram divulgadas pelas redes sociais do site Paraíba Feminina.
Em um dos vídeos, é possível ver quando o médico está em um elevador com a vítima e uma criança. Nas imagens, o suspeito puxa o cabelo da mulher e a empurra várias vezes, na frente da criança. Já em outras imagens, de setembro de 2022, a vítima é agredida com socos dentro de um carro.
Em entrevista ao Bom Dia Paraíba, a delegada Paula Monalisa explica que as imagens foram entregues à polícia, pela própria vítima, em agosto deste ano. “Ela procurou a delegacia e nos forneceu essas imagens. Ela também foi ouvida, com bastante riqueza de detalhes, e as medidas protetivas já foram solicitadas e deferidas pela Justiça”, disse a delegada.
O condomínio onde foram registradas as imagens denunciou o caso à Polícia Civil 18 dias após a filmagem, em abril de 2022. Apesar da denúncia, a Delegacia de Atendimento Especializado à Mulher (Deam) resolveu não investigar o caso, alegando que a vítima, à época, não queria representar contra o suspeito. O entendimento do STF, desde 2012, é de que casos devem ser investigados independentemente da vontade da vítima.
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Fonte: Jornal da Paraíba