É com base nas esferas familiares que o projeto de reorganização societária é construído. Por isso é importante entender cada uma delas e a repercussão deste conjunto para as famílias empresárias.
Vamos entender.
Imagine um conjunto, daqueles que você aprendeu em matemática básica e achou que nunca iria precisar, esse mesmo! Neste cenário, o nosso conjunto possui três esferas e todas se conectam, ou seja, possuem zonas de intercecção, união e diferença.
A primeira esfera é a familiar, nela encontram-se todos os membros do clã de fundação dos negócios da família, geralmente os pais, filhos e netos estão aqui se dividindo em gerações. Conforme crescem cada um dos filhos do casal fundador e se casam, passam a ter seus filhos, nesse momento as gerações vão formando suas ramificações, deixando a esfera cheia da boa e velha parentada.
A segunda esfera é a empresarial, aqui se encontra todo o negócio da família, todas as empresas e participações societárias constituídas pelo clã familiar de origem. Já a terceira, e última esfera é a patrimonial, nela se encontra todo o acervo adquirido pelo clã familiar ao longo dos anos. A riqueza se concentra aqui.
Em empresas familiares, as esferas familiar, empresarial e patrimonial, inevitavelmente, se encontram, ou seja, aquele membro da família, também pode ser sócio e co-proprietário do acervo patrimonial. E é aqui que as coisas podem complicar.
Quando um dos membros da família não sabe “mudar a roupa” para entrar na próxima esfera e se comportar adequadamente na outra, fica tudo exposto, sim! Expostos a rupturas e perdas de algumas categorias, colocando em risco não apenas as relações interpessoais, mas a continuidade, controle e preservação da riqueza nas mãos da família. Por isso é comum ouvir histórias de impérios que desmoronaram, deixando a mingua gerações inteiras, afinal, quem já não ouviu o velho ditado “Pai milionário, filho rico e neto miserável”.
Entender a importância de organizar bem as esferas, de modo que suas zonas de intercecção sejam as menores possíveis e que as pessoas envolvidas estejam devidamente preparadas para transitar em todas as esferas, isso é exatamente o que o projeto de restruturação societária propõe.
Através das ferramentas adequadas é possível identificar com clareza os eixos de união, diferença, e assegurar que a constituição deles não afetará os negócios, em outras palavras, “o pau pode comer” e a empresa continuar de pé. A mão contrária também precisa ser eficiente, de modo que os riscos da atividade empresária não comprometam a paz e harmonia familiar, nem tampouco o bolso dos seus membros.
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A missão da Leal Queiroz é viabilizar e proteger famílias empresárias.
Jéssica Leal Almeida Rocha Cavalcanti
Advogada Corporativa
Sócia Fundadora da Leal Queiroz
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Fonte: Paraíba Online