
O tradicional Hospital Padre Zé, localizado em João Pessoa, corre o risco de fechar as portas até o fim deste mês. A situação foi informada pela administração da unidade, nesta quarta-feira (9). O problema é a falta de recursos para o funcionamento.
Segundo nota oficial divulgada pela instituição, a Saúde de João Pessoa decidiu não renovar o contrato que garantia o funcionamento de 100 leitos das Unidades de Cuidados Prolongados (UCP). A justificativa do município para a suspensão do repasse de recursos é a existência de irregularidades constatadas na gestão anterior do hospital. A direção anterior, comandada pelo padre Egídio de Carvalho, é acusada de um montar um esquema de desvio de recursos .
A direção do Padre Zé disse que tentou reverter a situação junto ao Poder Judiciário, mas teve o pedido liminar negado em primeira instância. O caso agora segue para análise do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB).
De acordo com a Prefeitura de João Pessoa, os recursos não podem ser repassados pelo fato de a unidade hospitalar ter tido as contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas. E isso impediu a renovação do contrato.
A administração municipal disse que a ação na Justiça, movida pelo hospital foi feita em comum acordo com a prefeitura, para que o contrato fosse mantido, mas a liminar foi negada.
Com o impasse, o futuro da unidade hospitalar é incerto. Na tentativa de encontrar uma solução, está agendada para a próxima segunda-feira (14) uma reunião no Ministério Público da Paraíba. O encontro reunirá representantes do hospital, autoridades jurídicas e administrativas com o objetivo de discutir possíveis alternativas que permitam a continuidade dos serviços prestados.
“Salvo se houver modificação no atual panorama, o Hospital Padre Zé, lamentavelmente, ao final do mês terá que encerrar a sua história de 90 anos oferecendo saúde, acolhimento e conforto aos mais vulneráveis do estado da Paraíba”, conclui a nota da direção do hospital.
A expectativa da prefeitura é que seja firmado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) na reunião com o MPPB para que o município mantenha os repasses. A administração municipal ressaltou que tem interesse em manter o contrato.
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Fonte: Jornal da Paraíba