Gravado em Campina Grande, filme celebra a poesia de Ronaldo Cunha Lima

Um dos nomes mais emblemáticos da política e da poesia paraibana estará nas telas de cinema, em breve. Está em fase de pré-produção o curta “Habeas Pinho”, trazendo à vida uma história marcante da década de 60, em Campina Grande, baseada no poema homônimo de Ronaldo Cunha Lima. A filha de Ronaldo, Gal Cunha Lima, lidera o projeto como produtora executiva em uma emocionante homenagem ao legado de seu pai.

O filme, que há anos era um sonho acalentado por Gal Cunha Lima, finalmente sai do papel, destacando não apenas a genialidade poética de Ronaldo Cunha Lima, mas também sua sensibilidade humana e compromisso social. “Essa talvez seja a poesia mais conhecida dele. Um seresteiro teve seu violão confiscado em Campina Grande, e Ronaldo, recém-formado em Direito, enfrenta o desafio de redigir uma petição em forma de poesia para recuperar o instrumento de trabalho do músico. A petição/poesia é justamente ‘Habeas Pinho’”, conta.

Para Gal, este momento é de imensa importância, não apenas como uma realização pessoal, mas como uma forma de honrar o legado de seu pai. “Como homem público, Ronaldo foi poeta, político, advogado e um grande humanista, que dedicou sua ia a servir e fazer o bem sem olhar a quem, daí a importância desse filme”, destaca Gal.

Ronaldo Cunha Lima no programa J Silvestre em São Paulo, em 1969 (Foto: Divulgação)

A produção conta com um elenco e equipe técnica predominantemente paraibanos, como uma forma de prestigiar e destacar o talento local. “Faço a produção executiva, juntamente com Valério Lima, que esteva em grandes produções, como os recentes ‘Cangaço Novo’ e ‘Maria Bonita’, o ator Lucas Veloso, confirmado para interpretar Ronaldo, enquanto outros nomes renomados estão em processo de confirmação”, adianta.

Dirigido por Nathan Cirino e Aluízio Guimarães, ambos campinenses, o roteiro de “Habeas Pinho” foi cuidadosamente concebido com a colaboração de Glauce, que trouxe informações valiosas sobre seu pai para enriquecer a narrativa. “Foi um processo bem delicado, pois não é fácil falar de um pai, ainda mais público, mas eles conseguiram fazer um lindo roteiro”, destaca.  O diretor de Fotografia é João Carlos Beltrão, um dos mais prestigiados do meio audiovisual paraibano na função.

Cronograma – Com captação por meio da Lei Rouanet, as gravações estão programadas para começar em julho deste ano, marcando o início de uma jornada emocionante para todos os envolvidos.  “Confesso que dá aquele frio na barriga, natural de quem se arrisca, se lança. Sempre tive esse sonho e ele está se realizando, esse curta-metragem é o passo para o longa no qual quero contar a história de um homem ímpar, que deixou um grande legado de amor, honestidade e solidariedade. Deixou suas poesias para a eternidade, seu sorriso largo, memória privilegiada e seus ‘causos’, histórias de vida, dores e vitórias”, complementa.


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Fonte: WSCOM

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