Gerente de Vigilância em Saúde afirma que 50% dos óbitos de crianças foram por vírus cobertos pela vacina; 57 novos leitos serão abertos

A gerente de Vigilância em Saúde do Estado, Talita Tavares, falou nesta segunda-feira (15) sobre os casos de síndromes respiratórias e a ocupação de leitos pediátricos nos hospitais da Paraíba. O público infantil é o que vem sendo mais acometido pelas infecções por Influenza A, Influenza B, Vírus Sincicial Respiratório, Adenovírus, e Rinovírus.

Com um grande número de ocupações dos leitos de UTIs e enfermarias por crianças de 0 a 7 anos, a secretaria de Saúde do Estado está seguindo um plano de emergência para atender ao público infantil, com abertura constante de leitos para suprir a demanda e não gerar filas de esperas nos hospitais. Até a última quinta-feira (11), foram abertos 313 leitos direcionados para o atendimento das síndromes respiratórias em crianças, sendo 268 de enfermaria e 45 de UTI. Segundo a gerente Talita Tavares, 57 leitos de UTI serão abertos até o final desta semana.

“Temos um plano de 375 leitos, ao todo, abertos. A taxa de ocupação das enfermarias chega hoje, em dados de ontem, a 85%. Temos as UTIs hoje com 8 leitos ainda abertos, disponíveis, e temos 57 leitos para serem abertos, provavelmente, até o final da semana”, disse em entrevista a TV Cabo Branco.

De acordo com Talita, devido ao alto índice de ocupação infantil, que chegou a 100% em UTIs pediátricas na última semana, a SES-PB fez um chamamento de profissionais de saúde para a abertura de novos leitos de acordo com o acompanhamento e necessidade da demanda.

“Estamos com um chamamento desses profissionais. É uma mão de obra que requer uma especificidade para compor as equipe nas aberturas de leitos. Os últimos leitos que foram abertos são no Hospital Metropolitana, e a gente acompanha esse fluxo, essa demanda junto a regulação diariamente”, declarou.

A gerente de Saúde destacou que metade das crianças que foram a óbitos por síndromes respiratórias estavam infectadas por vírus que tem cobertura pela vacina contra a Influenza, e é aplicada gratuitamente nas campanhas do Plano Nacional de Imunização. De acordo com Talita, há três anos que não se atinge a meta de cobertura infantil de vacinação.

“Quando observamos aqueles que agravaram e vieram a óbito, 50% de nossas crianças, dos 22 óbitos, 11 crianças foram Influenza A e Influenza B, que estão no componente da vacina. Há três anos não conseguimos bater metas de vacinação. O último ano que conseguimos mais de 90% de cobertura do público infantil foi em 2019. Estamos vindo numa queda de proteção principalmente nesses grupos mais vulneráveis”, disse a gerente de Vigilância em Saúde.




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Fonte: WSCOM

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