O 6º Festival Internacional de Música de Câmara, promovido pela Universidade Federal da Paraíba, segue na noite desta segunda-feira (14) com o recital “O Piano do Século XIX: Brahms 190”, do pianista Luiz Gustavo Carvalho. O concerto será realizado às 20h, na Sala Radegundis Feitosa, no campus de João Pessoa, com a participação da cordelista Sheilla Virgínia. É a terceira noite do evento, que começou na última sexta-feira (11).
Com entrada gratuita, o Festival, que nesta edição promove o encontro da música clássica com a literatura de cordel, segue até o dia 19 de agosto, sempre às 20h, com a participação de cordelistas integrantes da Academia de Cordel do Vale do Paraíba (ACVPB) nos concertos, sob a curadoria do cordelista Merlanio Maia.
A direção artística do Festival cabe ao maestro Paul Chou, regente da Orquestra Sinfônica da Pensilvânia, dos Estados Unidos, e ao professor Felipe Avellar, do Departamento de Música da UFPB. A parceria entre os dois músicos ocorre desde a edição de 2018 do evento.
Coordenador do Festival, o professor Felipe Avellar explicou que, assim como nas edições anteriores, o evento deste ano é um encontro da música de câmara com outra expressão artística – em 2017, foram as artes plásticas, em 2018, foi a literatura, em 2019, o cinema paraibano e, em 2022, a filosofia. Neste ano, une as tradições da cultura popular e da música de concerto para celebrar ambas as tradições, especialmente a literatura de cordel, que teve origem na Paraíba, ainda no século XIX, com o cordelista Leandro Gomes de Barros.
“Quantas vezes a gente teve a oportunidade de sentar para assistir a um cordelista declamando sua poesia, apresentando sua arte? Então é isso que a gente quer oferecer também para as pessoas que vêm assistir aos concertos”, afirmou o docente, acrescentando que o festival também é uma oportunidade para as pessoas que nunca assistiram a um concerto de música de câmara.
A ideia de promover um diálogo entre essas duas expressões artísticas foi enaltecida pelo corderlista Merlanio Maia, curador do festival. “Essa ideia que o professor Felipe teve, de fazer essa união destes dois tipos de arte, uma muito popular, muito de feira, dos sertões, dos grotões, e outra das salas de concerto, de um público mais seleto, eu achei luminosa”, destacou o paraibano de Itaporanga, autor de mais de 50 cordéis.
Merlanio elogiou ainda a iniciativa da UFPB de abrir espaço para celebrar a literatura de cordel. “É muito importante que as instituições, como a Universidade está fazendo, possam divulgar, abraçar essa ideia, de uma literatura extremamente nossa e que tem uma grandeza e uma beleza que influencia todas as outras artes”, acrescentou.
A programação da sexta edição do Festival Internacional de Música de Câmara, realizado pelo Programa de Pós-Graduação em Música (PPGM) da UFPB, está disponível na página do evento. Mais detalhes também podem ser acessados no Instagram do Festival.
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Fonte: WSCOM