Exclusivo: investigação identificou suspeita de lavagem de dinheiro em negociação de jogador

A carreira de Diogo Vitor começou a entrar em decadência quando ele foi pego no exame antidoping, em 2018 por uso de cocaína.

O atleta foi afastado dos gramados por um ano e meio. Depois disso ainda conseguiu contratos com grandes clubes brasileiros: Corinthians e Cruzeiro. No time mineiro não chegou nem a jogar. O agente do atacante era Willian Barile Agati, hoje preso acusado de tráfico internacional de drogas e organização criminosa.

A contratação do atleta pelo Cruzeiro em 2021 apareceu em uma grande investigação da polícia federal, a qual o Jornal da Band teve acesso com exclusividade.

Os policiais encontraram indícios de que a negociação foi apenas uma artimanha para a lavagem de dinheiro do tráfico de drogas. Existe até a suspeita de participação de quem dirigia o clube na época.

Três meses antes de Diogo Vitor assinar com o Cruzeiro, o agente dele depositou para o clube, por meio de uma de suas empresas, três milhões e cinquenta mil reais em 9 transferências. Dias depois do último depósito, o Cruzeiro passou a devolver parte do dinheiro nas contas pessoal e da empresa de Willian Barile. Foram 19 transferências totalizando quase R$ 1,6 milhão.

No relatório, a Polícia Federal diz: “tudo indica que consistiu numa operação fraudulenta realizada com objetivo de promover o branqueamento dos valores transacionados” e que “não há dúvidas de que houve a participação ou, no mínimo, a conivência do clube de futebol em aderir ao esquema criminoso.”

“Valores que aparentemente não eram compatíveis com as condições do próprio jogador e valores estes que foram destinados não ao jogador, mas sim a empresa que o agenciava indicando que possivelmente seria uma metodologia também usada para lavar esse dinheiro do tráfico”, disse o delegado da PF Eduardo Verza.

As investigações continuam e o caso ainda não foi levado ao Ministério Público.

Procurado, o Cruzeiro Esporte Clube disse, em nota, que a gestão atual começou em maio de 2024 e que não tem conhecimento sobre as denúncias investigadas, mas se colocou à disposição das autoridades. Já o ex-presidente do cruzeiro, Sérgio Santos Rodrigues, que esteve à frente do clube em 2021, afirma que Diogo Vitor foi cedido sem custo.  Segundo ele, as transferências bancárias entre o Cruzeiro e o empresário referem-se a um contrato de empréstimo feito por Barile ao clube mineiro, sem qualquer vínculo com o jogador.

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Fonte: Paraiba.com.br

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