Depois de passar por São Paulo e Brasília é a vez de João Pessoa receber o palhaço Seu Cocó. Com recursos do Fundo de Apoio à Cultura da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal, o espetáculo infantil O Violinista Mosca Morta fará quatro apresentações gratuitas no Teatro Ednaldo do Egypto.
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Em cena, o palhaço Seu Cocó, interpretado por Pedro Caroca, se esforça ao máximo para deixar tudo perfeito para seu concerto de violino, no entanto uma mosca inconveniente e seu mau jeito em manipular os elementos de seu ofício de músico colaboram para o fracasso de sua performance.
Trava-se então uma luta entre o palhaço, a mosca e sua personalidade, do começo ao fim. E mesmo abalado, ele não desiste e segue até o último compasso, a última nota, o último zumbido. No final, palhaço e plateia descobrem a verdadeira intenção do inseto.
Além de zombar de si mesmo, o ator brinca com a figura do músico concertista, tipicamente sério, virtuoso e concentrado. Aqui a postura, a afinação, a elegância e a erudição dos grandes violinistas são satirizadas para expor a fragilidade e humanidade do instrumentista.
O Violinista Mosca Morta ainda suscita reflexões sobre como as manias cotidianas, muitas vezes confundidas com o transtorno obsessivo compulsivo (e vice-versa), podem atrapalhar a rotina das pessoas, ou simplesmente o quanto nos boicotamos e perdemos tempo querendo que algo seja perfeito, dentro do nosso controle, quando isso não é possível, por fugir de nossa governabilidade. E deixamos de ser surpreendidos pelo acaso!
Com direção de Mafá Nogueira, o espetáculo nasceu de uma oficina de criação de números com José Regino e estreou em 2019. Desde então já realizou dezenas de apresentações em teatros, escolas, festivais presenciais e online no Distrito Federal, Goiás, Paraíba, São Paulo, Ceará, Minas Gerais, Colômbia e Haiti. E com este projeto de circulação será a primeira vez da obra nas capitais paulista, paraibana e baiana.
Em cada cidade, será oferecida uma sessão acessível para pessoas cegas e surdas por meio de audiodescrição e interpretação em Libras. E haverá um bate-papo, após a sessão do sábado, com artistas e grupos locais que desenvolvem trabalhos com a linguagem da palhaçaria, para troca de saberes e fazeres.
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Fonte: WSCOM