O escritor e professor doutor Rinaldo Fernandes avaliou em texto publicado no Facebook escrevendo que recebeu o livro “Memorial do esqueleto ”que escrevi um pequeno comentário sobre o conto que achei ótimo”.
Ele acrescenta: “Segue o comentário: “Em 1930, foi decretado que o município de Princesa, no sertão paraibano, e impulsionado pelos interesses da oligarquia (liderada no caso pelo famigerado coronel Zé Pereira), se tornaria um território livre do estado da Paraíba”.
E acrescenta: “Este conhecido episódio é um dos mais burlescos da história brasileira. E que encontrou no conto ‘Memorial do esqueleto’, de Aldo Lopes de Araújo, a sátira mais apropriada. A trama fantástica envolve uma situação e um protagonista inteiramente caricatos. Zé Floriano, o protagonista, descobre que seus ossos têm um valor inestimável. E vende um braço e uma perna para um joalheiro do Recife. Fica rico e, além de ser o principal financiador da Guerra de Princesa, passa a ter boa vida, desfrutando das mulheres da cidade”.
Acrescenta ainda: “Mando e machismo, aqui, respingam na trama para metaforizar os valores que deram sustentação à ideologia da guerra – a ideologia dos oligarcas que dominaram a Primeira República brasileira”.
E conclui: “O conto ridiculariza a história, tornando-a aos olhos do leitor aquilo a que de fato sempre cheirou a Guerra de Princesa – um disparate que torna a História mais fantasiosa do que a Ficção. Só um contista de qualidade pode fazer o que Aldo Lopes fez nessa pequena grande história que é ‘Memorial do esqueleto’.”
Clique aqui para ler a notícia em seu site original
Fonte: WSCOM