A internet transformou o acesso à informação, mas também trouxe um grande desafio: o combate à desinformação, especialmente na saúde infantil.
No episódio dessa semana do videocast Saúde Alerta, conversamos com o pediatra Flávio Melo que destacou o impacto negativo dos boatos e como enfrentá-los com responsabilidade.
“As redes sociais são um campo fértil, onde cresce muita erva daninha. Boatos se espalham muito mais rápido que a verdade, mas não podemos desistir de plantar árvores sólidas: informações éticas e baseadas em ciência”, afirmou Flávio durante a conversa.
Por que boatos são perigosos na saúde infantil?
Informações falsas, como alegações infundadas sobre vacinas ou remédios milagrosos, colocam a saúde das crianças em risco. Flávio ressaltou que os pais, ao buscar respostas rápidas na internet, podem acabar acreditando em fontes não confiáveis, o que muitas vezes leva a decisões equivocadas.
“Na época da pandemia, todos os dias surgiam dez boatos. Eu ia às fontes originais, colhia informações e explicava nas redes sociais. Era um trabalho de paciência, porque desmentir boatos exige muito mais esforço do que criá-los.”
Além disso, ele destacou o papel das redes sociais em acelerar a disseminação de conteúdos sensacionalistas, que frequentemente atraem mais atenção do que informações científicas.
Dicas para Avaliar Informações de Saúde na Internet
1.Verifique a fonte
Prefira informações de sites confiáveis, como órgãos governamentais, sociedades médicas ou universidades renomadas.
2. Desconfie de soluções milagrosas
Desconfie de soluções que prometem resultados milagrosos e imediatos. Informações éticas e confiáveis são construídas com base em estudos sólidos e consistentes, como árvores que demoram a crescer, mas criam raízes firmes. Por outro lado, conteúdos rápidos e superficiais, embora atraiam atenção, geralmente não resistem ao tempo e podem levar a decisões equivocadas.
3. Observe sinais de sensacionalismo
Títulos como “Descubra o segredo que os médicos não querem que você saiba” geralmente indicam desinformação.
4. Procure várias fontes
Antes de acreditar em uma informação, confirme-a em outras plataformas confiáveis, como sites de órgãos oficiais ou instituições respeitadas. Boatos tendem a se espalhar rapidamente, mas informações fundamentadas e sérias permanecem consistentes ao longo do tempo.
5. Use ferramentas de checagem
Plataformas como Aos Fatos e Fato ou Fake são ótimas para verificar se uma notícia é verdadeira.
A responsabilidade de médicos e redes sociais
Médicos e profissionais da saúde desempenham um papel essencial na produção e disseminação de informações confiáveis, especialmente em tempos de desinformação crescente. Conteúdos educativos têm um impacto significativo na vida das pessoas, ajudando a esclarecer dúvidas, identificar sinais de alerta e tomar decisões mais seguras. Mensagens de agradecimento de pais que, orientados por materiais informativos, conseguiram agir a tempo para proteger a saúde de seus filhos são exemplos claros de como a educação em saúde pode salvar vidas e reforçam a importância desse trabalho contínuo.
Desinformação na internet é um problema sério, mas pode ser combatido com educação e responsabilidade. Pais informados e críticos protegem não apenas seus filhos, mas também a saúde coletiva. Plantar “árvores sólidas” de conhecimento requer esforço, mas os frutos valem a pena.
Compartilhe este texto e ajude a fortalecer a luta contra as “ervas daninhas” da internet. Informação de qualidade é o antídoto mais eficaz!
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Fonte: Jornal da Paraíba