A procura das escolas por soluções voltadas para a educação socioemocional cresceu 316% no primeiro semestre de 2023, é o que aponta o levantamento realizado pela Educa – edtech com foco em soluções para o ensino de competências socioemocionais em crianças e jovens no Brasil. Entre janeiro e junho, 250 instituições de ensino buscaram adicionar os estudos socioemocionais dentro de sua grade curricular, enquanto no mesmo período de 2022, apenas 60 colégios sinalizaram esse interesse.
Segundo Jaime Ribeiro, CEO e cofundador da Educa, casos de violência recentes acabaram escancarando uma vulnerabilidade das instituições de ensino no trato com os problemas de ordem socioemocional, tais como ansiedade e depressão, bullying e preconceito. “Estamos convivendo com uma avalanche de transtornos mentais e sociais. Diante desse cenário, a escola pode escolher ser passiva ou apoiar as famílias. Hoje, felizmente, estamos vendo que a tendência tem sido a segunda opção”, destaca.
Outro ponto que ajuda a entender essa demanda crescente passa pelo impacto causado pelo surgimento e popularização de novas tecnologias. Jaime Ribeiro explica que a chegada de novos recursos acaba por influenciar diretamente no padrão de comportamento da sociedade, principalmente as crianças. “É preciso que as escolas promovam essa conversa sobre educação socioemocional com foco no letramento digital e importância dos cuidados no uso das redes sociais, além das novas ferramentas de inteligência artificial”, afirma.
Educador, psicólogo e embaixador e cofundador da Educa, Rossandro Klinjey destaca a importância desse movimento das instituições de ensino intensificarem a sua atenção à construção das competências socioemocionais dos alunos.
“O mundo mudou e não adianta a gente fechar os olhos e acreditar que vamos voltar a viver como era antes. O aprimoramento das habilidades sociais e a gestão eficaz das emoções não são meros luxos, mas sim ferramentas indispensáveis para navegar na complexidade de nossa sociedade atual. Com elas, torna-se possível enfrentar e resolver desafios, sejam eles pessoais ou profissionais, de uma maneira mais construtiva e resiliente”, argumenta.
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Fonte: Jornal da Paraíba