“A proposta inicial era de redução da folha, mas até em função dos novos patrocínios e de dinheiro novo entrando no clube, a gente resolveu junto com o presidente manter o orçamento do futebol em R$ 20 milhões por mês. Se pensarmos nas contratações que já foram feitas, com os dois jogadores que vêm se falando, o Matheuzinho e o Igor Coronado, com a simulação que a gente fez, a gente completa o custo mensal na casa dos R$ 20 milhões”, acrescentou.
Reforços serão pagos com venda de Moscardo
Ao falar sobre a folha salarial do Timão, o diretor financeiro explicou como o clube pretende arcar com as contratações para 2024. Segundo ele, o Timão investiu, somente neste ano, R$ 100 milhões para se reforçar. Outras parcelas, no entanto, vencerão a partir do próximo ano.
“Como você equilibra isso [investimentos em contratações e dívidas]? Você tem fluxo de receita entrando. Mas se você fizer a conta da aquisição e intermediação desses jogadores ao longo de 2024, o impacto total é na casa dos R$ 100 milhões. A gente vai usar o recurso do Moscardo, que está sendo antecipado, próximo a R$ 90 milhões, para bancar esse impacto no primeiro ano”, explicou.
Diretor confirma atrasos com elenco
Na entrevista ao “Bola Rolando”, do BandSports, o diretor do Timão afirmou que o elenco não recebe direitos de imagem há três meses. A gestão atual herdou dois vencimentos em atraso e ainda não conseguiu quitar a dívida de janeiro, conta Rozallah.
“Os salários estão em dia, a CLT está em dia. O direito de imagem, alguns estão atrasados. Salvo engano, desde outubro do ano passado. A gente assumiu com dois meses de atraso e neste primeiro mês de gestão não conseguimos colocar em dia”, afirmou Rozallah.
Outros pontos da entrevista
Qual é a dívida atual do Corinthians?
“A gente sempre sentia falta de a dívida da arena ser tratada junto com o todo. Era super normal a gente ouvir que a dívida do clube era na casa dos R$ 900 milhões. Só que esse número ignorava os R$ 700 milhões da arena. A gente sabia que a dívida era, sim, na case de R$ 1,6 bilhão. Como essa dívida é composta? São três grandes blocos. O primeiro é a arena, de R$ 700 milhões, financiado para 21 anos, com uma taxa de juros baixo. Então o desafio com a arena é seguir com os pagamentos [ao longo dos anos]. Um outro bloco importante da dívida é a parte de impostos. O Corinthians deve hoje R$ 550 milhões de impostos. São impostos federais, que estão em dois programas de refinanciamento. O outro bloco, que é o que mais consome energia no dia a dia, é o bloco do curto prazo. A gente sabia que a situação era essa, que o volume de dívida era de quase R$ 400 milhões. O que a gente não sabia era que metade dessa dívida já estava vencida. É isso que pressiona o nosso dia a dia. A dívida de curto prazo, que vence até o meio do ano. Esse é o nosso cenário atual.”
Negativa da Caixa pela quitação da Arena
“Eu recebi com muita naturalidade, porque desde o início, quando foi me explicado a proposta, na semana que antecedeu a eleição, eu fiz dois comentários. Primeiro: o que estava sendo oferecido como naming rights, e eu nem entrei no mérito se poderia ou não ser oferecido. Tem uma vedação legal. Ele estava sendo oferecido como R$ 350 milhões. Mas se você coloca no valor presente, ele deve estar na casa de R$ 150 milhões. Por um motivo simples: você não tem um fluxo capitalizado, não existe um saldo devedor da Hypera com o Corinthians. A gente está fazendo um aluguel de um espaço publicitário, é totalmente diferente de um financiamento. Dito isso, a gente recebe, na prática, cerca de R$ 21 milhões por ano. Isso não paga uma trimestral [de dívida]. E a gente tem quatro trimestrais para pagar com a Caixa, no valor de R$ 25 milhões.
Folha salarial do Corinthians em 2024
“Eu estava trabalhando com a informação que a gente tinha a quarta folha do país, atrás de Flamengo, Palmeiras e Atlético-MG. Uma coisa muito importante, em que pese essa dívida. Eu não posso abrir mão da performance esportiva, afinal 30% do que a gente recebe da televisão vem de resultado em campo. Então, a proposta inicial era de redução da folha, mas até em função dos novos patrocínios e de dinheiro novo entrando no clube, a gente resolveu junto com o presidente manter o orçamento do futebol em R$ 20 milhões por mês. Se pensarmos nas contratações que já foram feitas, com os dois jogadores que vêm se falando nesses apagar das luzes, o Matheuzinho e o Igor Coronado, com a simulação que a gente fez, a gente completa o custo mensal na casa dos R$ 20 milhões. Como você equilibra isso? Você tem fluxo de receita entrando. Mas se você fizer a conta da aquisição e intermediação desses jogadores ao longo de 2024, o impacto total disso é na casa dos R$ 100 milhões. A gente vai usar o recurso do Moscardo, que está sendo antecipado, próximo a R$ 90 milhões, para bancar esse impacto no primeiro ano.
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Fonte: Paraiba.com.br