Dona Sanfona no Peito
A maioria dos artistas não podem se expor na grande mídia. E aí, entendem, que precisam reciclar suas atividades, para só depois retornarem à cena com novidades.
O mercado do entretenimento é diversificado, custando caro fazer lobby e restringindo muitos a entrarem nas “panelinhas” mercadológicas.
Com este entendimento, diversos criadores amargam dificuldades, precisando dividir a carreira incerta com um emprego formal para poderem sobreviver.
Tendo a sobrevivência garantida, poderá participar de projetos de qualidade, sem ter atropelos de fazer o que não quer.
Cantar e tocar na rua, em bar, baile, cruzeiro, casamento, igreja, aniversário, e em outros lugares, é digno a experiência, fazendo parte da profissão, mas, não é requisito para consagrar uma carreira.
Por isso, meu enfoque neste artigo é citar o exemplo de um artista que observando, ganha a vida como Psicólogo, tendo Freud, no leme, e o som de Gonzagão, soprando na estrada musical.
Nodgy Andrade, artista conhecido no meio, traz na bagagem a experiência realizada em inúmeros shows, participações em festivais sempre interpretando músicas de qualidade.
Na voz potente, suas cordas vocais têm a sonoridade das violas dos contadores de repente. O calejado compositor e cantor Nodgy Andrade, tem músicas gravadas por intérpretes de sua geração e pela grande Marinês, nossa rainha do Xaxado.
Envelhecer acumula saberes. Artistas maduros vivenciam experiências na vida. Prontos, celebram na maturidade o entusiasmo de suas carreiras independente de serem reconhecidos por todos.
A compositora e cantora Cátia de França e o multi-instrumentista Jarbas Mariz, radicado em Sampa, são exemplos de criadores habilidosos que vivem seu melhor momento, produzindo muito e com agenda cheia.
Devemos com urgência corrigir deslizes e empoderar os resilientes da arte. Sabemos que não há espaço para todos, mas sendo aprovados bons projetos em editais, daremos oportunidades e contemplamos muitos produtores por todos os cantos deste país “culturalmental”.
A plateia agradece, dança, pede bis, só deseja ser feliz!
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Fonte: WSCOM
