Enquanto países ao redor do mundo celebram o Halloween neste dia 31 de outubro, o Brasil celebra o Dia do Saci. Em 2013, foi elaborado o Projeto de Lei Federal que consolidou e instituiu o 31 de outubro como o Dia do Saci no país inteiro. O Jornal da Paraíba relembra as aparições do personagem na cultura pop.
A Lenda do Saci-Pererê
De acordo com as lendas, o Saci é conhecido por ser um menino levado, que tem apenas uma perna, usa um gorro vermelho e um cachimbo. Além disso, ele pode desaparecer e aparecer quando quiser, também podendo andar dentro de redemoinhos.
O Saci é uma criatura encantada que vive nas matas e florestas do Brasil, especialmente em regiões com densa vegetação.
Ele é conhecido por suas travessuras, como esconder objetos, fazer trilhas de redemoinhos de vento, fazer trançar em crinas de cavalos e pregar peças em pessoas.
Saci-Pererê na cultura pop
O Saci é uma figura muito icônica na cultura brasileira, não é quase impossível não pensar no folclore brasileiro sem pensar no Saci. Ele foi popularizado em várias histórias, músicas, livros e até mesmo desenhos animados. Confira alguma das aparições mais famosas do Saci:
Ziraldo (série e gibi)
Além de ser um ícone do folclore, o Saci também é um dos personagens criados por Ziraldo. O gibi “Pererê” publicado originalmente entre 1960-1964 foi a primeira revista em quadrinhos com temática genuinamente brasileira, escrita e desenhada por Ziraldo.
O traço do Saci foi mudando com o passar do tempo, mas sua alegria e empatia são as mesmas.
Além dos quadrinhos, “Pererê” também foi adaptado para as telonas, sendo exibida em 2001 e reprisada até 2003.
Monteiro Lobato (livros e TV)
O Saci também marcou presença nas obras de Monteiro Lobato. Além de marcar presenta em episódios do Sítio do Picapau Amarelo, o personagem tem um livro próprio escrito por Monteiro Lobato, onde o Saci junto com Pedrinho (neto de Dona Benta),
Nessa obra, Pedrinho, neto de Dona Benta, é um menino corajoso que descobre que tem pavor do Saci. Pedrinho, então, decide enfrentar seus medos e pede ajuda ao sabido Tio Barnabé. Impressionado com as revelações de Barnabé sobre as travessuras do Saci, o menino passa a só pensar no duende e a enxergá-lo por toda a parte.
Um dia, toma coragem e resolve pegar um. De maneira surpreendente, o encontro com o saci se torna muito mais do que a prova da coragem de Pedrinho, e se transforma em uma grande amizade permeada por conversas sobre a vida, ao lado de seres fantásticos do folclore brasileiro.
Cidade Invisível (série)
O Saci também esteve presente na série Cidade Invisível da Netflix (2021-2023). Na produção, após um homem passar por uma tragédia familiar descobre que as criaturas do folclore brasileiro vivem entre os humanos e logo se dá conta de que elas são a resposta para seu passado misterioso.
O Saci é um personagem que está presente desde o segundo episódio até o final da primeira temporada.
O Saci (filme)
Já nessa produção de 1953, dirigida por Rodolfo Nanni, Dona Benta vive no Sítio do Picapau Amarelo com seus netos, Pedrinho e Narizinho, Emília e Nastácia.
Seguindo as instruções do Tio Barnabé, Pedrinho decide entrar em uma grande aventura: capturar o Saci-pererê, criatura de só uma perna que vive na floresta. Enquanto isso, sua irmã Narizinho é transformada em pedra pela maléfica Cuca.
As imagens do filme foram realizadas em Ribeirão Bonito, próximo a São Carlos. E, Monteiro Lobato não viu a estreia do filme, ele morreu quatro anos antes.
Além da Lenda (série e longa de animação)
Nesta animação nacional, uma vez por ano, a cada Dia do Saci, 31 de Outubro, é revelado o “Livro Sagrado das Lendas Brasileiras”. Mas em um dia 31 de outubro especial outros seres místicos de outros países vem para o país, onde pretendem roubar o livro e as lendas.
Esse filme complementa o universo da série “Além da Lenda” publicada em 2017. E, além disso, o Saci ganhou uma obra literária e interativa onde o leitor escolhe quais serão os caminhos percorridos pelo Saci para proteger o “Livro Sagrado das Lendas Brasileiras”.
Clique aqui para ler a notícia em seu site original
Fonte: Jornal da Paraíba