CRM-PB interdita UPA de Bayeux por número insuficiente de médicos

O Conselho Regional de Medicina do Estado da Paraíba (CRM-PB) interditou eticamente o trabalho dos médicos da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade de Bayeux, na Região Metropolitana de João Pessoa.

Após fiscalização realizada na manhã de ontem, foi constatado que a quantidade de médicos contratada para a unidade não é suficiente para atender a demanda, colocando em risco o ato médico e a avaliação correta dos pacientes.

Conforme foi observado pela equipe de fiscalização do CRM-PB, há dois médicos para atender diariamente 180 pacientes. Ou seja, são 90 pacientes para cada médico atender em um turno de 12h. Cada paciente teria que ser avaliado em apenas oito minutos.

“Conforme Resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), um médico deve atender um paciente a cada 20 minutos, no mínimo. Uma quantidade acima disso coloca em risco o atendimento, a vida do paciente. A avaliação não tem como ser feita de forma coerente”, afirmou o diretor de fiscalização do CRM-PB, Bruno Leandro de Souza.

Ele acrescentou que, no início do ano, médicos foram demitidos da UPA, o que agravou ainda mais a situação. “Tivemos que tomar esta medida extrema, que é a interdição ética, para proteger a sociedade e o trabalho médico. Infelizmente, não nos restou outra solução”, completou.

A interdição ética do trabalho dos médicos teve início a meia-noite desta quinta-feira (11) e perdurará até que as inconformidades apresentadas pelo CRM-PB sejam sanadas pela gestão municipal.

Durante a tarde de ontem, a Prefeitura Municipal de Bayeux emitiu uma nota de esclarecimento sobre a interdição da unidade, se comprometendo em cumprir as exigências.

“A Prefeitura Municipal de Bayeux vem esclarecer e tranquilizar a população bayeuense sobre os fatos ocorridos nesta quarta-feira. Acabamos de solicitar ao CRM-PB o relatório técnico da interdição para que em conjunto com a Secretaria Municipal de Saúde, possamos realizar a exigências estabelecidas por este órgão fiscalizador, envidando esforços de todo nosso corpo técnico para que na maior brevidade a citada interdição esteja sanada”, diz a nota assinada por Luana Chianca, diretora médica da UPA.




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Fonte: WSCOM

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