O Coral Uirapurú, formado por 36 crianças estudantes da Rede Municipal de Educação, apresentou um concerto solidário na ala oncológica do Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC).
A apresentação aconteceu na manhã desta quarta-feira, 19 de julho, e contou com estudantes das escolas municipais Henrique Guilhermino e Maria José de Carvalho, além de professores de música da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), parceira do projeto da Seduc no projeto junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT).
O secretário de Educação, Raymundo Asfora Neto, destacou a importância do momento.
“É como se fosse um momento mágico. É emocionante, porque é das crianças para as crianças. Bacana também ver nossos estudantes se desenvolvendo com a evolução no canto, por exemplo. Eles estão cada vez mais afinados. Todo esse projeto, aqui, traz um pouco de alegria a esse momento da vida das crianças que estão internadas no HU”, explicou.
A primeira-dama de Campina Grande, Juliana Cunha Lima, prestigiou o concerto, conversou com famílias de pacientes internos e ressaltou o significado do momento.
“Quando eu soube que o projeto estava acontecendo, fiz questão de estar aqui, pessoalmente, dando apoio. Porque a gente sabe o que essas famílias enfrentam aqui. Eu sou mãe e sei como é para uma família que precisa passar por um tratamento, principalmente de câncer. A gente poder proporcionar um momento como esse para essas famílias, ajuda a tornar a caminhada um pouco menos difícil. Enquanto as crianças cantavam, víamos o rostinho das pacientes, elas felizes e cantando e temos certeza que isso traz alívio para a alma das famílias”, pontuou.
O coordenador do Uirapurú, maestro Vladmir Silva, ressaltou a importância da efetivação do projeto para o desenvolvimento de habilidades socioemocionais.
“Nós ensaiamos bastante e ressaltamos junto às crianças a importância desse encontro, que para além da música, é sobre humanidade, sensibilidade e compaixão. Nós não escolhemos estar em uma condição de saúde, mas precisamos ter compaixão para poder compartilhar com o outro a dor que ele sente. É um exercício de humanidade para as crianças. E também é arte. A música como veículo para sensibilizar. E se nós temos crianças sensíveis, podemos ter um mundo melhor”, disse.
Para a gerente de Ensino e Pesquisa do HUAC, Patrícia Spara, o momento tem um impacto positivo no tratamento dos pacientes que estão internados há muito tempo na unidade.
“Esse projeto é muito importante porque são crianças cantando para crianças, aliviando o sofrimento. São crianças da ala de oncologia, então elas passam bastante tempo no hospital. São vários internamentos, procedimentos, exames, e esse é um momento de arte. A arte cura e nada mais humano para um profissional de saúde do que arte para humanizar”, destacou.
Clara Sofia, de 6 anos de idade, está internada há 2 meses na ala oncológica e as músicas que mais apreciou foram “Sebastiana” e “Olha pro Céu, meu Amor”.
“Tem sido dias estressantes, muito complicados. Então quando tem algo diferente, ela fica alegre e mais animadinha”, contou Adriana da Silvia Santos, mãe de Clara Sofia.
O projeto
O projeto Uirapurú oferece Educação Musical para mais de mil estudantes da Rede Municipal de Ensino e acontece em parceria com o Ministério Público do Trabalho (MPT) e Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).
Nossas crianças já se apresentaram em concertos no Festival Internacional de Música (Fimus), no Natal Iluminado e no Maior Quadrilhão do Mundo.
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Fonte: Paraíba Online