A Câmara campinense teve uma acalorada discussão na última semana, envolvendo os vereadores Alexandre Pereira (União Brasil), que presidia a sessão, e o seu ´colega´ de bancada Olímpio Oliveira.
O mote para o entrevero foi a anunciada obra de revitalização da feira central da cidade.
A certa altura, pelo que se pode deduzir nas galerias, Olímpio solicitou o uso da palavra, que não teria sido imediatamente consentida por Alexandre.
“O senhor está nervoso por que? Não precisa quebrar o vidro (da bancada). O senhor pode se acidentar, e não quero isto para o senhor. Queremos o senhor com perfeita saúde. Tome uma ´aguinha´ que eu vou abrir espaço para Vossa Excelência”, comentou Alexandre.
Ao ter o microfone aberto, Olímpio disse que “eu aprendi que o contrário do amor não é o ódio, mas a indiferença. E eu não aceito indiferença”.
“Graças a Deus que isto (ódio) não habita no meu coração”, retrucou Alexandre.
Olímpio (mais à frente na sessão): “Eu não me sinto dono da opinião do povo. Eu não! Eu estou vereador, mas não tem essa pretensão de falar pelo povo de Campina, até mesmo porque, se a gente for olhar a representatividade desta casa, 30% da população de Campina pode ter votado nos atuais vereadores.
Seguiu Olímpio: “70% da população de Campina não votou em um dos atuais 23 vereadores. É só pesquisar na página do TSE. 70% do eleitorado de Campina não votou em nenhum de nós. Então é muita presunção eu chegar aqui e dizer que sou representante do povo de Campina. Pode ser no legal, no oficial”.
Alexandre: “Mas o senhor não se sente assim (representante do povo?”
Olímpio: “Eu não me sinto nessa arrogância nem nessa prepotência”.
Alexandre: “Eu não estaria sentado na sua cadeira se eu não me sentisse representante do povo (…) Vossa excelência, com sua eloquência, sempre tenta nos colocar aqui abaixo de tudo e de todos (…) Vossa excelência sempre busca, de uma forma ou de outra, desqualificar os seus colegas. Não é de hoje que faz isso”.
Olímpio: “Quem tem este costume é Vossa Excelência. No privado, Vossa Excelência opera muito bem…”
Alexandre: “E aqui, abertamente, do mesmo jeito. Estou sendo um discípulo de Vossa Excelência”.
Olímpio: “É muito bom chegar diante das câmeras e posar de bom moço. Ah se a gente conhecesse os bastidores desta Câmara”.
Alexandre: “Igual Vossa Excelência, que passa para a cidade (ser) a imagem de pilar da moralidade, desqualificando os outros. É o seu papel”.
Olímpio: “Não sou (o pilar da moralidade), e não faço conspirata contra ninguém”.
Alexandre: “Nem o senhor e nem ninguém nesta casa vai tentar me desqualificar, que é o seu costume. Estou acostumado com o senhor há 11 anos aqui.
Ainda Alexandre: “O grupo que o senhor pertence não me faz medo (…) Vão para as margens do açude (Velho) aprender no ´escritório das sombras´ o que vai discutir hoje”.
*com informações da coluna Aparte, assinada pelo jornalista Arimatéa Souza.
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Fonte: Paraíba Online