Começo da semana na economia; confira os destaques

Foto: Divulgação/Twitter

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Musk admite desvalorização do Twitter, startup para mecânicos capta US$ 14,5 mi e o que importa no mercado nesta segunda-feira (27).

**MUSK RECONHECE DESVALORIZAÇÃO DO TWITTER**
Elon Musk estima que o Twitter vale hoje US$ 20 bilhões (cerca de R$ 105 bilhões), o que seria menos da metade dos US$ 44 bilhões (aproximadamente R$ 213 bilhões) que ele gastou para comprar a rede no ano passado.

A avaliação veio em uma carta interna aos funcionários sobre bonificação de ações e que foi vista por vários veículos de imprensa americanos.

O que explica: no documento, Musk diz que o Twitter chegou a beirar a falência ao enfrentar uma perda de faturamento de US$ 1,5 bilhão (quase R$ 8 bilhões) e vencimentos de dívida do mesmo montante.

“O Twitter estava destinado a perder US$ 3 bilhões [cerca de R$ 15 bilhões] por ano”, ele publicou na rede. “Agora que os anunciantes estão retornando, parece que vamos alcançar o ponto de equilíbrio no segundo trimestre” de 2023, completou.

Sim, mas… Parte da recente queda de receita da rede social pode ser atribuída ao próprio bilionário, com a saída de uma série de grandes anunciantes da plataforma.

Desde que ele assumiu a empresa com o discurso de liberdade de expressão irrestrita, a rede já suspendeu contas de jornalistas que fizeram reportagens críticas sobre o bilionário e tirou do ar um perfil que rastreava seu jatinho.

Para cortar os gastos do Twitter, Musk reduziu a equipe de 7.500 para menos de 2.000 funcionários e chegou a atrasar o aluguel da sede da companhia, assim como deixou de pagar a versão corporativa do Slack, app para comunicação interna.

Mais sobre a plataforma

Partes do código-fonte do Twitter, base que sustenta seu funcionamento, foram vazadas na internet. Os documentos foram acessados pelo New York Times, que fala em uma rara e importante exposição de propriedade intelectual da empresa.

**COMO IA FEZ PAPA ‘FARIALIMER’**
A imagem falsa do papa Francisco vestindo um casacão branco no estilo jaqueta puffer, tipo de vestimenta bastante usada por “farialimers” -os trabalhadores do centro financeiro paulistano-, inundaram as redes sociais neste fim de semana.

Trata-se de uma imagem gerada por IA (inteligência artificial), que foi tão convincente que acabou enganando muita gente.

Entenda: a ilustração do papa foi publicada originalmente em um fórum do Reddit do Midjourney, app que cria imagens a partir de uma tecnologia chamada de “rede generativa adversarial”.

Essa categoria de aprendizagem de máquina surgiu em 2014 e coloca a IA em pares: um lado capaz de criar o conteúdo, outro para avaliar se o conteúdo é falso.

O robô vai em um método de tentativa e erro até que o resultado seja convincente.

Este é um tipo de imagem feita por IA generativa, a mesma fórmula adotada pelo ChatGPT para criar textos.

Em plataformas como Midjourney, Stable Diffusion e Dall-e, os usuários descrevem a imagem que querem usando um texto e recebem ela pronta.

Sim, mas… A tecnologia ficou tão avançada que tem sido usada para criar deepfakes (conteúdo sintético gerado por IA) que podem enganar as pessoas em assuntos sérios.

Exemplos mais recentes são a falsa prisão do ex-presidente americano Donald Trump, uma forjada cena do presidente russo Vladimir Putin atrás das grades e a criação de retratos falsos do presidente francês Emmanuel Macron em meio aos protestos no país.

Mais sobre IA

Ronaldo Lemos escreve em sua coluna sobre como o historiador Yuval Harari vê a IA como uma força “alienígena” que está sendo invocada, sem que sejamos sequer capazes de entender como ela funciona.

Foto: Agência Câmara

Foto: Agência Câmara

**O QUE VAI MUDAR NOS FUNDOS DE INVESTIMENTO*
Um novo marco regulatório da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) sobre fundos de investimento deve ampliar as opções para a carteira do brasileiro e aumentar a transparência do setor.

As regras estão previstas para entrar em vigor em 3 de abril para os fundos que forem criados a partir dessa data. Para os já existentes, a adaptação pode ser até 31 de dezembro de 2024.

Entenda as principais mudanças:

Limite da responsabilidade do investidor: em caso de eventual prejuízo, o cotista do fundo responderá apenas pelo valor que aportou. Hoje, ele pode ser obrigado a depositar quantias adicionais para compensar o prejuízo.

Exposição a outros mercados: os fundos poderão investir o total de sua carteira em ativos do exterior, ampliando o leque de oportunidades ao investidor brasileiro pessoa física. Hoje, só têm acesso a isso os com R$ 10 milhões aplicados.

Transparência: taxa de gestão, administração e distribuição, que hoje vêm em uma só cobrança, serão divulgadas separadamente.

FIDCs: os investidores de varejo agora poderão alocar recursos nesses fundos, que investem em títulos de crédito lastreados em dívidas a serem pagas (contamos mais sobre eles aqui).

Sem intermediário: fundos podem investir diretamente em criptoativos e em “ativos ambientais”, como os créditos de carbono.
Mais sobre investimentos

Saiba por que o Deutsche Bank, maior banco da Alemanha, virou o novo alvo dos investidores no fim da semana passada.

Culpar o Copom pelo derretimento do mercado de agora não faz sentido, escreve o colunista Marcos de Vasconcellos.

Veja no blog De Grão em Grão cinco indicadores que você não pode deixar de lado em fundos imobiliários de papel.

**STARTUP DA SEMANA: MECANIZOU**
O quadro traz às segundas o raio-x de uma startup que anunciou uma captação recentemente.

A startup: fundada em 2021, a plataforma conecta oficinas mecânicas às distribuidoras de peças e promete facilitar o dia a dia do mecânico.

Em números: a Mecanizou anunciou na semana passada ter captado US$ 14,5 milhões (R$ 76 milhões) em uma rodada série A (entenda aqui as etapas de investimento em startups).

A startup já havia divulgado uma captação seed de US$ 4 milhões em 2022.

Quem investiu: o financiamento foi liderado pelo fundo Monashees (que tem na carteira Loggi, Rappi, Buser, Loft, Daki, Flash…) e também teve participação de FJ Labs, Dalus Capital e Alexia Ventures.

Que problema resolve: com mais de 600 mil peças e 300 distribuidores cadastrados, a startup promete poupar tempo e recursos do mecânico, que precisa apenas inserir na plataforma a peça desejada e a placa do carro em conserto.

O sistema da Mecanizou identifica o item específico daquele veículo e gera opções de preços de diferentes distribuidores. Dentro da grande São Paulo, o prazo médio de entrega é de 55 minutos, segundo a startup.

Por que é destaque: além de ter anunciado o maior aporte entre startups da América Latina na última semana, a Mecanizou atua em uma área do mercado automotivo cuja procura cresceu ainda mais desde a pandemia.

Na crise, a irregularidade no fornecimento de componentes fez os preços dos carros zero quilômetro dispararem.

Parte da demanda, então, foi transferida para o mercado de veículos seminovos e usados, que também viu crescer o tempo de espera para a entrega das peças.

**A SEMANA EM RESUMO**
Foram sete rodadas anunciadas por startups da América Latina, com US$ 16,9 milhões (R$ 89 milhões) em investimentos.

Os dados foram fornecidos pela plataforma Sling Hub.

(ARTUR BÚRIGO – Folhapress)


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Fonte: Paraíba Online

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