Colunista revela bastidores de votações na Câmara de Campina Grande

Na edição deste sábado da coluna Aparte, o jornalista Arimatéa Souza resgata e revela bastidores de votações no Legislativo de Campina Grande.

Leia alguns tópicos

Voltemos ao começo de agosto último. Foi protocolado (no referido período) no Poder Legislativo de Campina Grande um pedido de suplementação orçamentária, por parte do Poder Executivo, da ordem de R$ 13 milhões.

O mês avançou e sucessivas manobras regimentais retardaram a votação, que acabou sendo concretizada porque parte da bancada governista e a presidência da Câmara encerram o acordo tácito com a oposição para a não apreciação da matéria.

O bloco oposicionista chegou a se reunir na residência de seu líder, Pimentel Filho (PSD), para ´fechar questão´ contra a mensagem – ou seja, todos votarem contra.

A oposição apontou descumprimento de normais regimentais e conseguiu, horas depois da sessão, uma liminar na Justiça para sustar os efeitos da votação contestada.

Em tempo de publicações virtuais, o Executivo conseguiu publicar a homologação da votação legislativa antes mesmo da notificação judicial.

Na última quarta-feira, a votação de nova suplementação oriunda do Executivo igualmente gerou protestos da oposição no plenário. Mas foi aprovada.
“Lamento que tenham vereadores aqui que votem contra obras”, discursou o líder.

Coloquemos o calendário em outubro último (dia 18).

Desembarcou na Câmara campinense um novo pedido de suplementação, da ordem de R$ 28 milhões.

Foto: Ascom/CMCG

Foto: Ascom/CMCG

A apreciação e votação da mensagem foi célere, durou poucos minutos.

Subtraída a solitária contestação do vereador Olímpio Oliveira, o tempo de votação não encheu em minutos a palma de uma mão.

A certa altura da sessão, o vereador Anderson Almeida adentrou ofegante no plenário, dizendo que havia abandonado uma palestra que estava ministrando no Teatro da Facisa para “correr” até o plenário e participar da votação.

Ele disse que não sabia da votação naquela data.

Na ausência dos líderes do bloco oposicionista – Pimentel Filho e Jô Oliveira (PCdoB) -, coube ao próprio Anderson liberar a bancada para votar a suplementação.

Aprovada em 1º turno, a matéria foi à ´segunda votação´, na mesma sessão.

E o próprio Anderson votou favorável, alegando que foi convencido pelos argumentos dos colegas de bancada Eva Gouveia (PSD) e Renan Maracajá (Republicanos), que não ocuparam a tribuna na referida sessão e – pelo visto – privilegiaram apenas Anderson com os seus argumentos.

Concluída a votação, o vereador Pimentel apareceu no plenário e alegou problemas de saúde para não ter tomado parte na votação.

Ainda conforme o edil, provavelmente estava ocorrendo uma “pane” na telefonia naquele momento na cidade, porque havia tentado renovadamente participar de forma remota da sessão, sem lograr êxito.

Dois colegas dele participaram da sessão de forma remota, sem interrupções.

A referida suplementação destinou uma ´fatia´ expressiva ao próprio Legislativo: R$ 5 milhões e 200 mil.

Assim como a suplementação desta semana, a de outubro remanejou recursos originários da Secretaria de Obras.

Ou seja, indiretamente, o líder Pimentel criticou colegas da oposição.

Recorde-se a frase: “Lamento que tenham vereadores aqui que votem contra obras”.

Para coroar todo este enredo é preciso aludir à tarde da véspera da votação desta suplementação de outubro: Pimentel, Eva e Jô Oliveira se reuniram no gabinete do presidente da Câmara.

O vereador-presidente, Marinaldo Cardoso, é – no mínimo – um ´encantador de serpentes´, para recorrer a uma invocação metafórica.

*com informações da coluna Aparte, assinada pelo jornalista Arimatéa Souza.

Para ler a edição completa deste sábado, acesse aqui


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Fonte: Paraíba Online

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