Colunista destaca o 60º aniversário de Cássio Cunha Lima

O colunista Arimatéa Souza dedicou parte de uma recente edição da coluna Aparte à passagem do 60º aniversário do ex-governador Cássio Cunha Lima.

Veja trechos desta edição:

São inerentes à natureza humana os sentimentos de empatia ou de antipatia. Isto é ainda mais potencializado na pantanosa área política, que envolve muitas outras variáveis – e conveniências conjunturais.

Feito esse preâmbulo conceitual, registro aqui a chegada ao ´time dos 60´, nesta quarta-feira, do ex-senador Cássio Cunha Lima.

Goste-se ou não dele, ou de sua trajetória política, é inegável que trata-se da mais carismática liderança das últimas décadas no Estado, particularmente em sua Campina Grande natal.

Quando passou, por mais de uma vez, pelo comando da prefeitura campinense, Cássio protagonizou sucessivas cenas próprias de um ´pop star´, tamanho foi o fascínio que exerceu sobre parcelas majoritárias do eleitorado.

Foram incontáveis as cenas de espontânea alegria ou de incontidas lágrimas que o ex-deputado, ex-prefeito, ex-senador e ex-governador vivenciou em suas andanças, com discursos inflamados e inflamantes, em muitos momentos beirando a eletrização das plateias.

A minha caminhada no jornalismo regional se confunde, do ponto de vista temporal, com a vida política de CCL, como esta coluna se habituou a chamá-lo.

Apesar de alguns ´perrengues´, cultivamos uma sólida amizade, adubada por um amigo comum e inesquecível que já nos deixou: jornalista William Monteiro de Lima.

Foto: Paraibaonline

Foto: Paraibaonline

Ele nunca tentou se imiscuir na minha atividade jornalística ou ´doutrinar´ posturas. Expôs, muitas vezes, discordâncias de enfoque ou de entendimentos, mas sempre no plano das ideias.

Não buscou o caminho fácil do peso político dos cargos que exerceu para obter concessões de natureza editorial por onde atuei.

A maior frequência dos contatos com CCL sempre ocorreu, compreensivelmente, nos momentos em que ele estava desprovido de mandato popular.

É no recolhimento próprio dos momentos de inatividade político-administrativa que as amizades se consolidam.

Foi o caso, por exemplo, do período de ´quarentena´ que se sucedeu ao seu afastamento do governo estadual.

Na edição de ontem desta Coluna, me reportei ao ex-bispo de Campina Grande, Dom Luís Fernandes. Cássio e ´o Dom´ cultivavam uma admiração recíproca e mantinham periódicas conversas.

E é justamente dessa relação de amizade que resgato um fato que simboliza, no meu entendimento, a longa trajetória de Cássio, pela significação social e humana da iniciativa.

Cássio, eleito prefeito, visitou Dom Luís e o indagou sobre que ação ele gostaria de observar materializada na gestão a ser exercida.

O bispo, na linguagem própria da época, apelou pela construção de um ´pronto socorro´ para atender a população pobre de Campina e região em instantes de dor, de urgência e de emergência.

O mandato de prefeito acabou e o pedido não teve condições de ser atendido.

Eleito governador, o Hospital de Trauma de Campina Grande começou a ganhar forma.

Na gestão de Cássio a obra física foi praticamente concluída. Somente um filho da terra teria a sensibilidade de projetar, naquela quadra histórica, um hospital público com as dimensões do Trauma numa ´cidade do interior´.

No hoje Hospital de Trauma Dom Luís Fernandes – homenagem prestada por iniciativa do então deputado estadual (e hoje conselheiro do Tribunal de Contas do Estado) Fábio Nogueira -, diariamente vidas são salvas; dores são minimizadas.

Parabéns ao amigo e multidiplomado Cássio! Como ele se acostumou a dizer, “paz e bem”.

Invoque-se o famoso escritor francês Antoine de Saint-Exupéry para ser mais incisivo e revelador: “Num mundo que se faz deserto, temos sede de encontrar um amigo”. E é fecundo quando esta fonte se faz perene.

*fonte: coluna Aparte, assinada pelo jornalista Arimatéa Souza


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Fonte: Paraíba Online

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