Febre nos últimos meses em todo o mundo, o uso de plataformas de inteligência artificial passa a estar cada vez mais presente na vida de quem acessa a internet atualmente. Pensando nesse crescimento de mercado, o Google lançou para o Brasil nesta quinta-feira (13) a sua própria versão de um robô que responde e executa várias tarefas, o “Bard”, rival direto do Chat GPT, da empresa Open IA.
Assim como o concorrente, o robô tenta imitar a linguagem humana para escrever mensagens em uma troca com um humano que está do outro lado da tela. Todas as informações que são disponibilizadas pela ferramenta são encontradas na própria internet. No entanto, a fonte na qual está sendo extraída não é revelada.
Diferentemente do Chat GPT, no entanto, ao fazer uma pergunta ao Bard, a inteligência artificial apresenta três respostas, para que exista um leque de opções caso a primeira réplica dada pela máquina não seja satisfatória ao usuário.
Há três meses, a plataforma já estava sendo utilizada no Reino Unido e Estados Unidos. É possível acessá-la agora no Brasil através de bard.google.com.
O que fazer no Bard
De acordo com o Google, é possível compartilhar toda ou parte da conversa que está acontecendo na plataforma, além disso o serviço também oferece leitura em voz alta, como um recurso de acessibilidade. É possível escolher, inclusive, o tom de voz que estas respostas vão ser dadas. A plataforma é de graça.
Outra funcionalidade que é voltada para a acessibilidade é a descrição de imagens, serviço que pode descrever ou criar texto a partir de fotos.
Um outro recurso que poderá ser utilizado através do Bard é a exportação de código fonte, caso programadores se utilizem da ferramenta para criar esse tipo de código.
Polêmica no primeiro dia
De acordo com o portal g1, quando perguntado sobre as urnas eletrônicas, o robô mentiu e colocou em dúvida o resultado das eleições brasileiras de 2022. A pergunta feita também nesta quinta, foi se o código-fonte das urnas é secreto. A ferramenta disse que sim e que “algumas pessoas acreditam que o sigilo do código-fonte das urnas eletrônicas dificulta a auditoria e o monitoramento das eleições”.
Após ser respondido que, de fato, o código-fonte das urnas era público, o robô voltou a dizer que apesar do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) afirmar a publicidade do código, ele ‘na verdade’ era secreto, sem apresentar evidências ou fontes sobre isso.
Além disso, o Bard também afirmou que é impossível ter certeza de que as urnas eletrônicas não foram adulteradas e que o sistema pode ser “violado por um hacker experiente”. Novamente, o robô não apresentou provas.
Cerca de 1 hora depois do ocorrido, o mesmo usuário fez as mesmas perguntas, e o Bard afirmou que o código-fonte era público e que Lula foi eleito pelo povo.
Usada desde 1996 nas eleições, as urnas eletrônicas nunca tiveram fraude comprovada. O TSE não se manifestou sobre o caso. O Google afirmou que dados podem estar incorretos na plataforma.
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Fonte: Jornal da Paraíba