O Centro Histórico da Capital paraibana vem sendo palco de diversas ações culturais da Prefeitura de João Pessoa. Nesta sexta-feira (15), começou mais uma edição do Festival Centro em Cena que, ao lado de outros projetos – como o Sabadinho Bom e Circulador Cultural, busca promover e incentivar um roteiro cultural e turístico no Centro da cidade.
De acordo com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o Centro Histórico de João Pessoa abrange 502 edificações, contemplando os bairros do Varadouro (Cidade Baixa) e Centro (Cidade Alta).
A área tombada compreende 370 mil m² – em 25 ruas e seis praças. Segundo o Iphan, as edificações protegidas são representativas dos vários períodos da história de João Pessoa: barroco (Igreja da Ordem Terceira de São Francisco), rococó (Igreja de Nossa Senhora do Carmo), arquitetura colonial, art nouveau e art déco das décadas de 1920 e 1930 (Praça Anthenor Navarro e Hotel Globo).
A contadora Karina Bittencourt e o engenheiro de software Sandro Vilela, turistas de São Paulo, fizeram questão de conhecer o Centro Histórico durante a passagem deles por João Pessoa.
“Hoje visitamos a Casa da Pólvora e o Hotel Globo. Em nossas viagens, nós gostamos de conhecer a história das cidades, porque esse resgate nos enriquece culturalmente”, contou Vilela.
O auxiliar administrativo Alexandre Palitot, um dos responsáveis pelo atendimento ao público do Hotel Globo, acompanhou o casal durante a visita ao equipamento.
“Estamos às margens do Rio Sanhauá, berço do nascimento da Paraíba. Quem passa por aqui tem a oportunidade de aprender sobre a origem da nossa Capital”, ressaltou Palitot. Segundo ele, os turistas frequentemente visitam o espaço na parte da manhã, enquanto que a população de João Pessoa tende a passear pelo local na parte de tarde, para apreciar o pôr do sol.
Obras e serviços – E para receber turistas e moradores da cidade, a Prefeitura realiza com frequência serviços de manutenção e zeladoria no Centro Histórico, que estão sendo reforçados com o programa Bora Cuidar, que envolve equipes de diferentes secretarias e órgãos municipais a fim de oferecer limpeza e bem-estar na região central da cidade.
“Realizamos pintura de postes, instalação de novas lixeiras, recuperação de canteiros e, na próxima semana, iremos instalar novos bancos na rua Duque de Caxias”, explicou o chefe da Divisão de Manutenção da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedurb), Júnior Batista.
A Casa da Pólvora, a Praça Rio Branco e a Praça João Pessoa, outros espaços da região, também receberam serviços de recuperação por parte da Sedurb. Mais recentemente, as equipes da Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana (Emlur) executaram ações de capinação, roçagem, pintura de meio fio e lavagem das paredes dos viadutos Damásio Franca e da Miguel Couto.
O superintendente da Emlur, Ricardo Veloso, ressaltou que a coleta de resíduos sólidos no Centro é diária, mas que há uma previsão de que os agentes de limpeza retornem no próximo mês para mais uma ação na localidade pelo programa Bora Cuidar.
O secretário de Planejamento (Seplan), José William, acrescentou outras ações da Prefeitura de João Pessoa no Centro Histórico. “Começamos a reforma do Conventinho e realizamos as desapropriações da antiga fábrica Matarazzo, que servirá de base para um Centro Multicultural; e também da antiga Proserv, onde serão construídos apartamentos e unidades comerciais prioritariamente destinadas a moradores da comunidade Porto do Capim”, destacou.
Centro em Cena – O Hotel Globo e a Casa da Pólvora, cenários que emolduram o mais belo pôr do sol sobre o Rio Sanhauá, vão receber exposições e performances artísticas durante o Festival Centro em Cena, que acontece até o dia 20 de setembro e será mais um corredor artístico-cultural no Centro da cidade. Além do Hotel Globo e da Casa da Pólvora, também serão palco das apresentações o Theatro Santa Roza, o Largo de São Frei Pedro Gonçalves e o Centro Cultural São Francisco.
Confira a programação completa do evento no link https://www.joaopessoa.pb.gov.br/destaque/centro-em-cena/
Corredor Turístico – A partir do próximo mês de outubro, mais uma ação da Prefeitura promete incentivar a presença da população no Centro Histórico. Trata-se do Corredor Turístico – um projeto com quatro pontos fixos de cultura com apresentações gratuitas de dança e música.
O Pavilhão do Chá será o ponto do jazz; a Praça Rio Branco, MPB; o Ponto de Cem Réis palco da cultura popular; e o Centro Cultural São Francisco receberá apresentações de música clássica. Este último será o primeiro a receber o projeto. Os demais serão incluídos após a Prefeitura de João Pessoa concluir obras de requalificação na Avenida Duque de Caxias.
O Corredor Turístico é fruto da parceria realizada entre as Secretarias de Ciência e Tecnologia (Secitec), Turismo (Setur), Comunicação Social (Secom), além da Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope), Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob) e do Centro de Comunicação, Turismo e Artes da Universidade Federal da Paraíba (CCTA/UFPB).
Sabadinho Bom – Durante a semana um lugar de passagem. A partir do meio-dia de sábado, a Praça Rio Branco se transforma em centro de vivência com o Sabadinho Bom – mais um trajeto no cenário cultural e turístico. Localizada entre as ruas Visconde de Pelotas e Duque de Caxias, na parte alta do Centro Histórico de João Pessoa, a Praça Rio Branco é considerada pelo Iphan um marco para a história da cidade.
De acordo com o Iphan, esse espaço público já funcionou como centro administrativo e sede da Capitania da Parahyba durante o período de Colônia e Império. Entre outros prédios, abrigou a Casa dos Governadores, o Erário Público e a Casa de Câmara. Hoje, o local é palco de alegria para centenas de pessoas que prestigiam os artistas locais que se apresentam no Sabadinho Bom. Com foco no chorinho e no samba, a iniciativa é gratuita e livre, além de fortalecer a microeconomia no entorno.
Circulador Cultural – O Circulador Cultural é outro projeto da Prefeitura que tem como objetivo incentivar a presença da população na área central da cidade. O evento é realizado na Casa da Pólvora, sempre nos finais de tarde, com a participação de bandas e DJs locais. A vista para o pôr do sol sobre o Rio Sanhauá é uma atração à parte do projeto.
Segundo informações do Iphan, a Casa da Pólvora data do século XVIII. A edificação foi estrategicamente construída em um ponto médio da colina, com a função de defender a cidade. Funcionou como local de armazenagem de armas e munições e ponto de observação para o Porto do Capim – primeiro porto da Paraíba.
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Fonte: Paraíba Online