
Jorge Elô, marido de Maria Danielle Cristina Morais Sousa, que morreu, nesta terça-feira (25), após um parto no Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (ISEA), em que perdeu o bebê e o útero, escreveu uma carta pública para o prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima.
Em uma coletiva nesta quarta-feira (26), a Prefeitura de Campina Grande afirmou que a morte de Danielle não teve relação com o parto no Isea, mas com uma condição genética pré-existente.
Na carta aberta, Jorge Elô diz que Danielle Morais estava confiante ao saber que, no parto, seria assistida pelo médico que acompanhou toda a gestação. “Chorou ao ver o médico, disse que confiava estar segura”.
O professor, marido de Danielle e pai do bebê, começa falando que a esposa teve um trombo aos seis meses de gestação. Ele ressalta que, no entanto, a gestante foi bem acompanhada e medicada pelo mesmo médico que fez o parto.
“Essa medicação não deixou de ser aplicada nenhum dia sequer – mesmo com os braços dela roxos e doloridos, chorando pela dor que a medicação causa. Tenho em casa TODAS as seringas aplicadas, que ela decidiu guardar para recordar o quanto foi forte para tornar nosso sonho realidade”.
Jorge Elô continua a carta contando que no dia 25 de fevereiro, três dias antes do parto, o casal foi ao médico, em uma consulta particular, e estava tudo bem com o bebê e com a gestante.
No Isea, dia 28, o médico receitou uma medicação intravenosa para induzir o parto natural. Jorge Elô se queixou que o profissional que acompanhou Danielle durante toda a gravidez “não foi verificar como ela estava antes de abandonar seu turno”.
O marido relata que uma profissional aumentou a dosagem da medicação intravenosa e também que o medicamento foi aplicado sem o uso da bomba de infusão controlada (BIC). Após 50 minutos de tentativas, segundo o texto, Danielle Morais desmaiou, e só então a equipe levou a gestante para a sala de cirurgia. Porém, o útero dela já havia se rompido e o bebê nasceu morto.
Mulher morre dias depois
Maria Danielle morreu na terça-feira (25), quase um mês depois de ter perdido o filho e o útero, vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico, após seu marido denunciar que ela sofreu negligência médica no Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (ISEA), em Campina Grande, resultando na morte do bebê durante o parto e na retirada do útero.
Segundo o marido de Maria Danielle, Jorge Elô, ela acordou bem na terça-feira (25). No entanto, ao se sentar na cama, sentiu uma dor de cabeça intensa, começou a gritar e caiu no chão. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, e ela foi encaminhada ao Hospital Pedro I pela manhã. No período da tarde, o marido recebeu a notícia de seu falecimento.
A mulher foi enterrada na tarde desta quarta-feira (26), em um cemitério particular no bairro do Velame, em Campina Grande.
Clique aqui para ler a notícia em seu site original
Fonte: Jornal da Paraíba