Câncer é a principal causa de morte entre pets; conheça os sinais de alerta

Câncer já é a principal causa de morte dos animais de estimação. A incidência de tumores é maior em cães do que em gatos, mas os felinos acabam tendo maior parte dos tumores malignos. Estudo realizado para determinar a frequência dos tumores diagnosticados pelo Hospital Veterinário da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), em Patos, revelou que 78% dos tumores em cachorros são malignos e entre os gatos esse número sobe para 95,8%.

Neste sábado (4), Dia Mundial de Combate ao Câncer, o Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB) alerta para a necessidade do diagnóstico precoce do câncer em pets. O médico-veterinário Altamir Costa, conselheiro da entidade, afirma que a expectativa de vida dos animais aumentou e é importante fazer check-ups periódicos, se antecipando a doenças que possam aparecer.

“Um estudo realizado em São Paulo mostrou que a expectativa de vida dos cachorros dobrou nos últimos 30 anos. Na década de 1980 um cão pequeno não passava dos nove anos, hoje eles atingem os 18 anos e os maiores chegam a 13 anos.  Com a idade avançada, eles estão mais suscetíveis a doenças como câncer”, explicou.

Segundo o veterinário, algumas situações podem aumentar as chances de um animal desenvolver a doença, como idade avançada, exposição ao sol e características genéticas do animal e da sua raça.

Já os sintomas variam dependendo do local e do estágio em que se encontra o tumor. Na pele, por exemplo, é possível notar mudança de cor, ferida e presença de nódulos. Também podem ser indicativos do problema perda de peso, vômitos, diarréia, perda de apetite, urinar com dificuldade, tosse e até mudança de comportamento.

Tipos de câncer – Assim como em seres humanos, o câncer em animais pode afetar qualquer órgão ou tecido do corpo. O estudo da  UFCG apontou que tumores mais frequentes em cães ocorreram na pele (46,7%), glândula mamária (24%), sistema genital (10,3%) e sistema digestório (6,5%). Em gatos, as frequências de neoplasmas de pele e glândula mamária foram idênticas (39,4% cada), seguidas das do sistema digestório (8,5%) e fígado (5,7%).

Tratamento – Altamir Costa afirmou que o tratamento do câncer em animais evoluiu muito e explicou que a maioria dos tratamentos se inicia com procedimentos cirúrgicos e, quando necessário, segue para a quimioterapia. “É preciso seguir as orientações da profissional e cuidar muito bem do pet nesse período de tratamento”, orientou.


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