No próximo dia 9 de novembro, o Teatro Municipal Severino Cabral será palco de um dos eventos culturais mais aguardados do ano: o Desafio de Repentistas Estado contra Estado, organizado pelo poeta Yponax Vila Nova. Em entrevista ao Jornal da Manhã, na Rádio Caturité FM, Yponax falou sobre a relevância e o impacto do evento, que promete atrair participantes e espectadores de várias partes do país, movimentando a economia local e fortalecendo a tradição da cantoria e do repente em Campina Grande.
“Deixou de ser um evento regional mesmo, local, sazonal. É uma coisa que atrai gente de muitos cantos, e o interessante é pontuar gente de fora do Nordeste”, ressaltou o organizador.
Segundo ele, o evento é mais do que uma competição de talento poético, é também um motor econômico para a cidade. “Além do organizador ter que pagar a pauta do teatro municipal, que é caro, já movimenta a economia local, a cargo caixa da prefeitura, você tem a reserva de hotel, o pessoal chega antes para jantar, para almoçar… Então, movimenta”.
Yponax destacou o caráter único do festival, que promove o improviso e desafia os participantes com um formato pouco convencional. Para ele, essa competição é muito mais que um evento: é uma celebração das raízes culturais da cidade e da “cultura da viola”.
Ele relembrou a tradição de Campina Grande como um polo da cantoria e da música popular: “Durante muito tempo, Campina Grande foi da cantoria. Tinha dois ou três programas de rádio, cantadores, e muitos nomes importantes da cantoria moravam aqui, mesmo sem terem nascido aqui.”
O festival, além de reunir grandes nomes do repente, coloca os participantes em situações inusitadas para testar suas habilidades e improviso.
Segundo Yponax, esse diferencial é uma das marcas do evento. “Eu passo o ano todo insuflando um contra o outro, tocando fogo no parquinho, como se diz, e sempre buscando algo que tire os repentistas da zona de conforto. O fato de você não duelar antes já é tirar da zona de conforto. Você está habituado a trabalhar com um parceiro e, de repente, tem que trabalhar com outro”, explicou, em tom descontraído.
Além disso, o julgamento é feito de forma rígida, com regras específicas que garantem a imparcialidade. “A mesa de julgadores é distante um do outro, não pode pegar no celular, é tudo para evitar injustiças. Muita gente reclama de julgamentos em outros festivais, então tentamos ajustar para agradar a comissão, os cantadores e o público.”
Os ingressos para o evento estão sendo vendidos na Banca do Orlando, no centro da cidade.
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Fonte: Paraíba Online