Bruno Henrique é indiciado pela PF por suspeita de envolvimento em esquema de apostas

O relatório da PF tem prints de conversas entre Bruno Henrique e o irmão. Essas mensagens foram recuperadas depois que policiais pegaram celulares em novembro do ano passado, após uma operação de busca e apreensão.

Na conversa, Bruno promete o cartão amarelo no jogo contra o Santos e diz que não vai ser suspenso até a partida. Então o irmão responde: “Já vou guardar o dinheiro investimento com sucesso”. Ambos indicam que existem outras pessoas envolvidas no suposto esquema.

De acordo com o Metrópoles, a PF apurou que o irmão de Bruno Henrique apostou R$ 380,86 e recebeu R$ 1.180,67. Outros parentes tiveram ganhos parecidos.

A Polícia Federal afirmou, em nota, que não vai se manifestar.

A assessoria do atleta e o Flamengo também disseram que não vão tratar deste assunto neste momento.

No ano passado, após as primeiras suspeitas, Bruno Henrique se manifestou sobre o caso e disse estar tranquilo, com a fé e com os advogados: “Recebi de uma forma agressiva. Não esperava da forma que foi. Mas eu acredito na Justiça lá de cima”, disse ele, apontando para o céu.

Relembre o início da investigação

Em novembro de 2024, Bruno Henrique foi alvo da operação Spot-fixing. Já nos acréscimos do jogo contra o Santos, em 2023, Bruno Henrique cometeu uma falta em Soteldo, que segurava a bola no ataque. O árbitro Rafael Klein deu amarelo ao atacante.

A operação partiu de denúncias das próprias casas de apostas, que notaram atividades suspeitas. As notificações foram feitas à Associação Internacional de Integridade de Apostas (Ibia, na sigla em inglês), que monitora casos suspeitos ao redor do mundo e produz relatórios que auxiliam em investigações. Além do CT Ninho do Urubu, também foram cumpridos mandados, na época, em outros endereços do Rio, Belo Horizonte, Vespiano (MG), Lagoa Santa (MG) e Ribeirão das Neves (MG).

A suspeita já era conhecida pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O órgão, que tem jurisdição somente no meio do esporte, arquivou o caso, por entender que o atacante não teria obtido vantagem.

Segundo uma nota do próprio STJD, a Diretoria de Ética e Conformidade da Conmebol encaminhou um comunicado à Unidade de Integridade da CBF em 2 de agosto de 2024. Ciente do caso, a Procuradoria de Justiça Desportiva oficiou a Sportradar, parceira da Fifa para monitoramento.

A empresa, contudo, não identificou irregularidades no momento da partida. Por outro lado, a Polícia Federal informou que obteve informações sobre manipulação no chamado “mercado de cartões” conforme relatórios da Associação Internacional de Integridade de Apostas (Ibia, na sigla em inglês) e a própria Sportradar.

Na análise desportiva, a Procuradoria entendeu o cartão como “compatíveis com os parâmetros usuais”. “O alerta não apontou nenhum indício de proveito econômico do atleta, uma vez que os eventuais lucros das apostas reportados no alerta seriam ínfimos, quando comparados ao salário mensal do jogador”, diz um trecho da nota.

O STJD aponta que o arquivamento se deu no âmbito esportivo e que isso não gera prejuízo em um eventual processo disciplinar caso as autoridades concluam que houve irregularidade.

Em nota, na época, o Flamengo disse que não teve acesso aos autos do inquérito, uma vez que o caso corre em segredo de justiça, mas que apoiará as autoridades e dará total suporte. “(Bruno Henrique) desfruta da nossa confiança e, como qualquer pessoa, goza de presunção de inocência”, diz um trecho.

A defesa de Bruno Henrique se manifestou dias após a operação da PF. A representação do atacante pediu o arquivamento da investigação e a devolução imediata dos bens apreendidos.

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Fonte: Paraiba.com.br

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